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Morte de sargento em Teresina: o que se sabe e o que falta esclarecer

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí como latrocínio, o roubo seguido de morte.

Sargento foi assassinado em Teresina durante latrocínio | Foto: Divulgação - Polícia Civil
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O assassinato do sargento Antônio Elenilton Araújo Galvão, ocorrido na tarde do último sábado (26), está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí como latrocínio, o roubo seguido de morte. Abaixo, reunimos o que já foi informado oficialmente pelas forças de segurança e o que ainda precisa ser esclarecido sobre o caso.

O que se sabe até agora

O sargento Galvão estava conversando com amigos em frente à sua academia, no bairro Francisco Marreiros, zona Sudeste de Teresina, quando foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. 

Um dos suspeitos teria saltado da garupa do veículo e exigido um colar de ouro de uma das pessoas que estava no círculo de conversa. O policial teria reagido à ação dos assaltantes e, ao tentar sacar a arma, foi atingido por pelo menos cinco disparos de arma de fogo. Eles fugiram em seguida e não levaram o colar.

O suspeito que pilotava a moto usada no crime era Kauã Pablo Vieira Silva, de 19 anos. O responsável pelos disparos era João Manoel Fernandes de Sousa, de 16 anos. 

Ao ser interrogado, o suspeito de 19 anos confessou que nem ele, nem o comparsa conheciam o sargento Galvão. “É um latrocínio claramente definido. Estamos finalizando diligências e perícias para converter a prisão temporária [do piloto] em preventiva. A princípio, a participação no crime é somente dos dois”, declarou o delegado Bruno Ursulino.

ARMA ROUBADA

A polícia informou que os criminosos roubaram a arma do policial e fugiram após o assassinato. A PM agiu rapidamente, e em menos de quatro horas, localizou e Kauã Pablo. João Manoel, no entanto, foi morto após uma suposta reação violenta à abordagem da polícia.

O comandante da Polícia Militar do Piauí (PMPI), coronel Scheiwann Lopes, disse que a resposta foi uma “resposta à sociedade”. “O PM é um representante da lei. O monopólio da força compete ao Estado e o cidadão depende do Estado para a manutenção da ordem”, afirmou Lopes.

O que falta esclarecer

Mesmo com a confissão de Kauã, ainda restam algumas questões a esclarecer. A motivação do crime, por exemplo, ainda não está totalmente definida. A Polícia Civil está aguardando a conclusão de perícias para entender melhor as circunstâncias do latrocínio. Também é possível que outros envolvidos ainda não tenham sido identificados.

A polícia ainda está investigando a participação do adolescente João Manoel, que foi baleado durante um confronto com a PM e não resistiu aos ferimentos. Kauã, por sua vez, foi preso e deve responder pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores. A polícia também quer descobrir se eles receberam ajuda de terceiros.

O sargento Galvão, que tinha 17 anos de serviço na PM, deixa a esposa e dois filhos. Ele também era proprietário de uma academia junto com a esposa.

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