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Mulher diz que era perseguida por jovem morto em Campo Maior; defesa alega que arma foi plantada

Novos depoimentos de Eliana Martins, mostram que um ano antes do crime, Francisco Werick invadiu sua casa e tentou assediá-la. A mulher não denunciou por falta de provas.

Suspeito morto por PM em Campo Maior perseguia dona de casa invadida | Foto: Reprodução
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A morte do jovem de 19 anos, identificado como Francisco Werick Silva, ganha novos rumos após o depoimento de Eliana Martins, dona da casa onde a vítima foi baleada, na madrugada desta sexta-feira (25) no bairro Santa Cruz, em Campo Maior, região Norte do Piauí. A defesa da família do rapaz, por outro lado, acredita que a arma apresentada na cena do crime tenha sido plantada. 

Segundo Eliana, Francisco Werick era seu vizinho e vinha tendo comportamentos estranhos, agindo como um stalker na vida da mulher.

COMO ACONTECEU

De acordo com informações repassadas ao MeioNews pelo 15º Batalhão da Polícia Militar, a corporação foi acionada após uma ligação feita ao 190 por uma mulher identificada como Eliana. Ela relatou que um homem tentava invadir sua residência no momento em que ela estava acompanhada do namorado, que é policial militar e lotado no Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), em Teresina.

Segundo o segundo-tenente Guilherme, que atendeu a ocorrência, o policial que estava na casa reagiu à tentativa de invasão e entrou em confronto físico com o rapaz ainda no quintal da residência. Durante a confusão, o PM efetuou disparos contra o jovem, que morreu no local.

DEPOIMENTO DE ELIANE

Em depoimento a polícia, Eliana negou qualquer envolvimento ou triângulo amoroso com a vítima do homicídio. Segundo informações preliminares, ela chegou a citar ao delegado do caso, Carlos Júnior, que não conhecia Werick, pois se tratava apenas de um vizinho que morava na mesma rua. 

No entanto, áudios apurados com exclusividade pelo repórter Eurico Sousa, correspondente da TV Meio em Campo Maior, mostram que, um ano antes do crime, Werick havia invadido a casa de Eliana e assediou sexualmente a mulher, que, por não ter provas de que o vizinho era suspeito, acabou não o denunciando a polícia.

Eu não sabia que ele estava me espionando, e eu deixei um dia a janela aberta e ele simplesmente pegou no meu seio e eu gritei, mas como a porta estava fechada, quando eu gritei ele foi a primeira pessoa a chegar. A casa dele é a última da rua e ele disse que tinha escutado o meu grito, mas não dava pra escutar.

CONFRONTO

No dia do crime, Werick, que já havia demonstrado interesse amoroso pela moradora, mas ela não havia correspondido, estava alcoolizado quando invadiu a casa de Eliana e morreu pelos disparos.

Eu estou namorando sério a um mês, e era dia do Enzo (namorado) vim para Campo Maior. A gente foi jantar, tomamos sorvete e depois fomos dormir, quando esse rapaz (Werick), simplesmente estava bebendo no posto desde cedo, viu quando o Enzo chegou, deu um ataque de ciúmes, surtou, entrou no meu quintal quebrando a pia e tentou matar meu namorado, quando ele (Enzo) descarregou 4 disparos de fogo.

A Polícia Civil do Piauí segue investigando o caso para apurar todos os detalhes da ocorrência.

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