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No Dia do Delegado, profissionais piauienses destacam missão, desafios e histórias da carreira

Delegados piauienses compartilham experiências e desafios ao Meionews.

Bruna Verena; Samuel Silveira; Nathália Figueiredo | Foto: Meio News
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Força, garra, investigação minuciosa, desafio constante e responsabilização criminal: nesta quarta-feira (3) é celebrado o Dia Nacional do Delegado de Polícia, data que reconhece o profissional essencial que atua na linha de frente da busca pela verdade e pela justiça.

Diante disso, o MeioNews entrou em contato com alguns delegados e delegadas piauienses, destacando a forte atuação da profissão no estado. À reportagem, as autoridades relataram o que significa atuar nessa área, seus maiores desafios e os momentos mais marcantes ao exercer a profissão.

Delegada Bruna Verena./Foto: Raíssa Morais/ MeioNews

Ser delegado (a) é uma profissão bem peculiar. Todo dia nós lidamos com muitos desafios e vemos de perto às mazelas humanas: um ser humano matando o outro...um pai estuprando uma filha... um homem agredindo uma mulher. Não é fácil lidar com tantos crimes, mas é necessário. Por isso é tão importante a valorização, principalmente pela sociedade, dos policiais. É preciso cuidar e proteger de quem cuida e protege.

Sou delegada desde 2010, e nesses 15 anos já vivenciei várias situações que me encheram de alegria e esperança. Poder ajudar as pessoas através do meu trabalho é algo que me deixa muito feliz.

- Delegada Bruna Verena, diretora de Proteção à Mulher e aos Grupos Vulneráveis da Polícia Civil do Piauí. 

Para mim uma alegria, uma satisfação, um verdadeiro orgulho ser delegado de polícia. Entendo que essa carreira, ela é a primeira versão do enfrentamento à criminalidade. Cabe a ela formar ali os indícios de prova e levar ao poder judiciário o conhecimento de fatos criminosos. É o delegado de polícia quem busca a verdade sobre os fatos, não para condenar, mas para esclarecer sobre o atual contexto que tem acontecido na sociedade no que toca essa parte de criminalidade.

Na medida que, infelizmente, ao nível de Brasil a violência cresce, sobretudo com o surgimento das facções, essa carreira agrega uma responsabilidade ainda maior. Fazer valer de uma maneira ainda mais forte o sistema de persecução penal para que a gente tenha ao longo dos anos ter os índices de violência diminuídos.

Aqui no estado do Piauí, nós já temos conseguido fazer isso. [...] A carreira de delegado é o principal fator para que essa realidade se estenda ao restante do país.

- Delegado Samuel Silveira, coordenador do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC).

Delegada Nathália Figueiredo./Foto: Jéssica Machado

Eu sou delegada de polícia civil há mais de 9 anos [...] Então é desafiador, principalmente quando você atua na unidade que lida com um crime tão cruel que é um homicídio, mas a questão de um trabalho realizado, no sentido de responsabilização criminal de um autor de um crime tão nefasto, é muito importante para nós profissionais,  no sentido, inclusive, de dar o retorno que a sociedade espera. [...]

Eu tive diversas situações marcantes na minha trajetória, já estive à frente de inquéritos em que houve uma sensibilização muito grande no contexto em que aconteceu. Por exemplo, o caso da estudante da UFPI, Janaína, que foi infelizmente morta em situações tão nefasta, tão triste. Mas a questão da responsabilização criminal de autores, como esse, é o que faz recompensar todo o nosso trabalho. Então, eu me sinto extremamente feliz na carreira de delegada, é algo que veio como um presente de Deus e é uma profissão que eu tenho orgulho de exercer.

- Delegada Nathália Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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