Quatro pessoas foram presas nesta sexta-feira (25) durante a Operação “Escritura Limpa”, que investiga a venda irregular de terrenos na zona Leste de Teresina. A ação foi realizada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, por meio da Superintendência de Operações Integradas, com apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP) e da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado. As prisões aconteceram em Teresina e em São Pedro do Piauí.
O QUE ACONTECEU
Segundo a polícia, o esquema envolvia a falsificação de documentos para vender lotes sem autorização dos verdadeiros donos. Uma imobiliária da capital denunciou que vários terrenos estavam sendo vendidos por terceiros, sem o conhecimento da empresa.
A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária. Os envolvidos podem responder pelos em crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento público, uso de documento falso e associação criminosa. A Justiça determinou ainda que suspeitos passem a usar tornozeleira eletrônica, fiquem afastados de cargos públicos e tenham valores bloqueados em contas bancárias, somando R$ 400 mil.
COMO FUNCIONAVA
De acordo com o delegado Roni Silveira, responsável pela investigação, os envolvidos usavam contratos falsos e assinaturas suspeitas para enganar compradores. “As investigações apontam que em diversas ocasiões os alvos identificados teriam participado direta ou indiretamente de vendas fraudulentas, muitas delas registradas com contratos irregulares e assinaturas suspeitas. A prática ilícita consistia na falsificação de documentos para viabilizar a transferência dos lotes a compradores que acreditavam estar adquirindo os imóveis de forma legítima”, explicou o delegado.
A SSP-PI disse que continuará adotando medidas firmes para preservar a ordem pública, proteger o patrimônio da população e garantir a justiça.
“A sociedade tem um papel essencial nesse enfrentamento. As denúncias anônimas são fundamentais para fortalecer o combate às fraudes e desarticular organizações criminosas que atuam de forma coordenada”, finalizou o superintendente de Operações Integradas da SSP, delegado Matheus Zanatta.