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Quem é a ex-esposa de “Léo Gordim” e qual seu papel em execução de jovem em Teresina

Francisca Patrícia é acusada de participar do tribunal do crime que executou Jad Rubens.

Francisca Patrícia Rocha de Freitas, conhecida como “Patrícia”. | Foto: Ivan Lima
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Presa na tarde desta quinta-feira (13), Francisca Patrícia Rocha de Freitas, conhecida como “Patrícia”, é apontada como uma das lideranças da facção criminosa Bonde dos 40. Ela é ex-esposa de Leonardo Oliveira da Costa, vulgo “Léo Gordim”, identificado como líder e fundador do grupo no Piauí.

Em entrevista à Rede Meio Norte, o delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), destacou que, além de ser líder, ela exercia influência na facção. Segundo a autoridade, ela estava ciente do mandado de prisão em seu nome.

“Cercamos o sítio, na zona rural, e quando ela percebeu o cerco, ela já prontamente já foi se entregando. E ela disse, inclusive, já sabia da existência do mandado de prisão. Tínhamos a informação de que ela ficava se escondendo entre Teresina, na zona Leste, onde ela alugou um apartamento, e em Timon, mas não sabíamos exatamente”, disse.

A reportagem apurou que, no Maranhão, Francisca Patrícia Rocha de Freitas responde ou já respondeu a diversos processos criminais. Entre eles, ações por posse ilegal de arma de fogo, integração em organização criminosa e outros pedidos de prisão preventiva. No Piauí, ela é acusada de participar do tribunal do crime que culminou na execução de Jad Rubens Barros de Sousa.

CASO JAD RUBENS

O corpo de Jad foi encontrado na manhã do dia 13 de janeiro deste ano, próximo ao rodoanel de Teresina, na região do povoado Cebola, zona Sul da capital. Ele foi atraído para um baile de reggae, no bairro Dagmar Mazza, na zona Sul, para resolver um problema de dívida de R$ 30 mil adquirida por um traficante da área.

“A investigação nos mostrou que ela estava presente durante o interrogatório da do Jad. O Jad não é natural do Piauí, ele é do Maranhão e ele funcionava como uma espécie de gerente da facção Família do Norte, que vem fornecer drogas aqui para o estado do Piauí, do estado do Maranhão e Paraíba”, afirmou.

Conforme o delegado, Patrícia utilizou da sua influência para poupar a vida da namorada de Jad, que estava com ele no momento do crime. Ele destacou que a acusada ainda teria atuado no papel de juíza do tribunal do crime. “Podemos interpretar dessa forma, porque considerando a liderança e o poder de decisão que ela tinha”, destacou.

CRONOLOGIA DO CRIME

  • No baile de reggae, a vítima foi sequestrada e levada para uma quadra de esportes próxima a um lixão;

  • Ele e sua namorada foram interrogados por cerca de 2 a 3 horas;

  • Ainda na quadra, um membro de uma facção criminosa decidiu pela execução de Jad;

  • O corpo dele foi arrastado e levado para o bagageiro de um veículo sedan preto;

  • Os criminosos, com a namorada da vítima e o corpo, seguiram para o rodoanel, pegando a BR-316;

  • No viaduto do Dagmar Mazza, eles pararam o veículo para falar com Jorge Luís, ex-namorado de Letícia Élen, por cerca de 10 minutos;

  • O suspeito foi para o baile de reggae e aguardou os outros envolvidos deixarem o corpo no rodoanel por 1 hora;

  • Os indivíduos retornaram sem o corpo e com a namorada viva;

  • Jorge deixou a namorada da vítima no bairro São Pedro;

  • O corpo de Jad foi encontrado por volta das 9h do dia 13 de janeiro.

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