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Sabores do Piauí: a história por trás dos pratos típicos que marcam a culinária local - Cajuína

Marcado pelo sabor sertanejo e o uso variado de especiarias, o sabor da comida made in Piauí é marcante e inesquecível - Cajuína

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Cajuína

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Cajuína é uma bebida não alcoólica tradicional do Nordeste brasileiro, especialmente do Piauí, feita a partir do suco do caju clarificado e esterilizado, com uma cor âmbar e sabor suave. É considerada Patrimônio Cultural do Estado do Piauí e tem como característica a ausência de adição de açúcar, sendo rica em vitaminas como a C, com propriedades benéficas para a saúde. 


Como é feita

  • Extração do sucoO suco é extraído dos pedúnculos maduros do caju. 


  • ClarificaçãoPara remover o tanino e evitar o sabor adstringente, o suco passa por um processo de clarificação, utilizando-se, por exemplo, gelatina ou resina de cajueiro. 


  • CoagemO suco é coado várias vezes para se tornar límpido, resultando em um líquido cristalino. 


  • EsterilizaçãoApós ser envasado em garrafas, o suco é cozido em banho-maria, um processo que esteriliza a bebida e causa a caramelização dos açúcares naturais, conferindo-lhe a cor âmbar. 


Características

  • NutriçãoRica em vitamina C, é uma bebida saudável e nutritiva. 


  • SaborApresenta um sabor leve e agradável, diferente do suco de caju comum, por não ter tanino. 


  • ValidadeO tratamento térmico garante a estabilidade microbiológica, permitindo que a bebida seja armazenada por longos períodos sem conservantes. 


Importância cultural

  • Símbolo regionalA cajuína é um símbolo do Piauí e representa a cultura e a hospitalidade do estado. 


  • Patrimônio CulturalFoi reconhecida como Patrimônio Cultural do Estado do Piauí. 


  • Origem da ideiaA bebida foi criada em 1900 pelo farmacêutico Rodolfo Teófilo como uma alternativa sem álcool à cachaça, com o objetivo de combater o alcoolismo. 

HISTÓRIA

A origem da cajuína remonta à cultura indígena. O caju, fruto nativo da Amazônia, espalhou-se pelo Nordeste através do processo migratório e tornou-se um símbolo da região. De acordo com Juliana Morim, consultora da Unesco, o ritual da “cauinagem” era tradicional entre as populações nativas, consistindo na transformação do caju em cauim, uma bebida compartilhada por todos.

Com a convivência entre indígenas, brancos de origem portuguesa e negros africanos, houve uma fusão de culturas e costumes. Assim, o cauim evoluiu para a cajuína, adotando um nome feminino em homenagem à prática produtiva conduzida exclusivamente por mulheres.

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