A Startup Piauí, iniciativa da Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Estado (Investe Piauí), tem auxiliado empreendedores de diversos portes a transformarem suas ideias em empreendimentos sólidos.
O projeto se concentra principalmente nas áreas de saúde, educação, agronegócio, agricultura familiar e turismo, onde busca impulsionar metas dos empreendedores.
Adotando a metodologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, presente também no Rio de Janeiro, a Startup Piauí oferece mentoria por um ano, tanto do MIT quanto do Governo Estadual, às startups selecionadas.
Ao término da mentoria, as startups mais promissoras participam de um programa que busca criar um fundo de recursos financeiros que ajudem negócios a se estabelecerem nos mercados.
GERAÇÃO DE EMPREGOS: Hoje, segundo Luciana Mari Tsukada, gestora da Startup Piauí, 150 empresas estão sendo atendidas, das quais 30 já concluíram com sucesso o programa de aceleração. Esses empreendimentos criaram mais de 400 empregos diretos e indiretos, que tornam a aceleradora uma importante ferramenta para a economia do estado.
Como aceleradora pública, a Startup Piauí tem o dever de aceitar quem deseja entrar. Os critérios de seleção são baixos, mas o programa é exigente. Cerca de 20% das empresas conseguem completar todo o ciclo de aceleração, que integra resultados positivos, como aumento do faturamento e da base de clientes.
As empresas que não completam o ciclo passam por um processo de educação empreendedora, ou seja, ninguém fica para trás.
IMPACTO SOCIAL: A população mais vulnerável do estado também está envolvida em algumas áreas desse trabalho. Além do programa de aceleração de startups, há também outra área, a vertical de impacto social, com um programa em parceria com a Expo Favela.
"Ajudamos a CUFA a preparar os dez empreendimentos selecionados para apresentação em São Paulo. Além disso, existe o programa Invest Nelas, voltado exclusivamente para mulheres. Muitas delas são de empresas tradicionais que empreendem para sobreviver e realmente necessitam de maior apoio para impulsionar seus negócios", explicou Luciana Mari Tsukada
Essas iniciativas ajudam a beneficiar as populações em estado de vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, impulsionar o crescimento econômico de forma mais rápida.
JOVENS TALENTOS: Proveniente de escola pública, Eduardo Carvalho, de 18 anos, estuda administração na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e é empreendedor.
Sua jornada com a Startup Piauí teve início em 2023, quando foi selecionado na Expo Favela Brasil para aceleração na Startup Piauí. Ele desenvolveu um trabalho com cestas orgânicas e coleta de resíduos recicláveis na Vila Irmã Dulce, zona periférica da capital piauiense.
Integrando a iniciativa "Mude os Hábitos, Mude o Mundo", atualmente ele trabalha como analista de negócios Jr da Startup Piauí, auxiliando outras pessoas a conquistarem seus sonhos.
“Mudou bastante a maneira como vejo as coisas, o profissional em que estou me transformando. Foram três meses de processo seletivo para eu poder ajudar outras startups, empreendendo através de uma metodologia reconhecida mundialmente, que é o gradualismo disciplinado do MIT. É um sonho realizado, colaborar com a Startup Piauí”, disse.
EXPANSÃO DE NEGÓCIOS: Neura Cavalcante, proprietária de uma pizzaria localizada na zona Sudeste de Teresina, teve sua vida transformada quando encontrou na Startup Piauí uma parceira para o crescimento de seu negócio.
O ponto de virada aconteceu quando Neura presenciou a dificuldade de um cliente com filhos alérgicos à proteína do leite em seu estabelecimento. Diante desse desafio, a empresária decidiu buscar alternativas mais saudáveis para seu cardápio, visando atender não só a esse cliente, mas também a um público cada vez mais preocupado com alimentação saudável e inclusiva.
Foi assim que Neura se envolveu com a Startup Piauí, que se mostrou como um apoio na transformação de sua visão como proprietário de um estabelecimento alimentício. Com a ajuda da aceleradora, ela expandiu sua marca Mônutri, um queijo vegetal à base de macaxeira, que atendeu às necessidades de seus clientes alérgicos e também conquistou o paladar dos veganos.
“É preciso saber como posicionar seu produto. Conheci outras experiências, e dentro disso, vi que era preciso validar minha marca. E eles [Startup Piauí] me ajudaram e estão me ajudando com isso. Quando estou aqui, consigo encontrar o apoio necessário”, falou a empresária.
Segundo Neura, a Startup Piauí deu mais oportunidades de capacitação, networking e acesso a recursos que impulsionaram seu negócio no momento em que ela mais precisava.
“Empreendedor é desafiador. E é nesse momento que surge a necessidade de trocar ideias, conversar e ouvir. Em determinados dias, só precisamos de alguém para nos ouvir, sem necessariamente oferecer novas ideias, apenas ouvir e confiar na gente", comentou.
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