Leidiana Pereira de Sousa, suspeita de matar o companheiro em Monsenhor Hipólito, na noite deste domingo (4), já respondeu por tentativa de homicídio contra um ex-marido anos atrás. A informação foi divulgada pela titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Picos, Francineide Fontes.
A reportagem teve acesso à ação penal registrada em maio de 2017 na 2ª Vara Criminal da Comarca de Picos. Na época, Leidiana foi acusada de ameaça, posse irregular de arma de fogo e crime tentado. Os fatos ocorreram em 2016, e a investigação resultou em um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) firmado entre ela e o Ministério Público.
A vítima de domingo (4) se chamava Francisco José de Jesus Silva, atual companheiro de Leidiana. Francisco foi morto com um tiro na cabeça e outro nas costas em um bar na comunidade Serra Azul. Segundo a Polícia Civil, o casal mantinha um relacionamento conturbado.
COMO ACONTECEU
De acordo com a delegada Francineide, Francisco estava em um bar da comunidade consumindo bebidas alcoólicas. Após encerrar a conta, Leidiana chegou em uma motocicleta, desceu do veículo, se aproximou da vítima e efetuou os disparos.
“Ela chegou bem perto, colocou a arma na cabeça dele e atirou”, relatou a delegada ao MeioNews.
Francisco morreu ainda no local, antes da chegada do socorro. Equipes da Polícia Militar de Monsenhor Hipólito, Santo Antônio de Lisboa, BEPI e GUSAL foram mobilizadas para a ocorrência. Leidiana fugiu logo após o crime.
INVESTIGAÇÃO
A suspeita deixou a motocicleta na casa da irmã e desapareceu sem informar o destino. “Ela provavelmente está na área de mata, e tenho equipes em diligência à procura dela”, informou a delegada.
Ainda segundo Francineide Fontes, o casal vivia uma relação marcada por idas e vindas ao longo de seis anos. “O motivo da ação dela eram as brigas constantes entre os dois. Eles viviam separando e voltando”, disse.
Na semana anterior ao crime, Leidiana teria sacado uma arma e atirado nos pés de Francisco durante uma discussão, mas ele não foi atingido. A vítima não registrou boletim de ocorrência, e o episódio só chegou ao conhecimento da polícia por meio de relatos de familiares e amigos.