A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi transferida na manhã desta quinta-feira (22) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para o Hospital da Polícia Militar, localizado na zona Sul da cidade.
Ela havia dado entrada no HUT na quarta-feira (21) após usar medicação em quantidade acima do indicado para controle da pressão arterial. De acordo com informações divulgadas à noite pela unidade, Tatiana recebeu atendimento de urgência, estava com o quadro de saúde estável e não se enquadrava mais no perfil de atendimento do hospital.
O QUE DIZ A DEFESA
Segundo a defesa, Tatiana teria feito uso de medicamentos antes de passar mal. Ela foi socorrida ainda no Quartel, na quarta-feira (21), e depois foi levada ao HUT, onde permaneceu sob custódia.
Informações apuradas pelo MeioNews apontam que a vereadora pode ser levada para uma clínica particular. Familiares confirmaram que os documentos necessários para a transferência já foram enviados e que a equipe aguarda apenas a liberação da unidade. O nome da clínica, no entanto, está sendo mantido em sigilo para preservar a segurança.
Tatiana foi denunciada no último dia 13 pela Procuradoria Regional Eleitoral no Piauí, sendo investigada por suspeita de envolvimento com organização criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no âmbito da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal.
Viaturas da Polícia Militar permanecem no entorno e dentro do hospital para garantir a segurança da detenta e do local. A mãe da vereadora, Odélia Medeiros, informou que aguarda a liberação da assistência social do hospital para poder visitá-la.
A defesa de Tatiana ingressou com pedido de habeas corpus no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o ministro Nunes Marques devolveu o caso ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), alegando que o mérito ainda não foi apreciado pela instância inferior.
CELULAR EM CELA
A parlamentar também é alvo de investigação após a descoberta de um celular e um tablet em sua cela, durante vistoria de rotina no Quartel. O Ministério Público Militar solicitou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar possível conivência de agentes públicos com a entrada dos aparelhos. Se houver envolvimento de civis, como advogados, o caso deve ser encaminhado à Justiça comum.
Tatiana Medeiros foi presa no início de abril e é apontada como beneficiária de apoio de uma facção criminosa durante as eleições municipais de 2024, além de suspeita de ter utilizado recursos desviados de uma ONG investigada.