180 condenados ou investigados no 8 de janeiro estão foragidos, diz PF

Durante essa operação, foram emitidos 209 mandados de prisão preventiva, mas apenas 50 pessoas foram detidas.

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Atos antidemocráticos | Marcelo Camargo / Agência Brasil

180 pessoas condenadas ou investigadas pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 estão foragidas. A informação foi anunciada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodriguesnesta terça-feira, 11. Dentre essas pessoas, de 50 a 100 fugiram para a Argentina.

Lista

Rodrigues explicou que a lista de 180 nomes inclui foragidos que não foram alvos da megaoperação realizada pela Polícia Federal na semana passada, que visava localizar e prender os condenados pelos eventos de 8 de janeiro. Durante essa operação, foram emitidos 209 mandados de prisão preventiva, mas apenas 50 pessoas foram detidas.

Ameripol 

A Coordenação-Geral de Cooperação Policial da Polícia Federal disse que para encontrar os foragidos teve que enviar um ofício à Ameripol (Comunidade de Polícias da América), solicitando ajuda para localizar 29 brasileiros. A Ameripol, que funciona como a Interpol das Américas, pode auxiliar na identificação dos foragidos através da troca de informações com as polícias dos países membros.

Foragidos

A Ameripol repassou os nomes dos foragidos à Anfast, uma rede que visa encontrar endereços de fugitivos. Atualmente, 30 países das Américas fazem parte da Ameripol e têm acesso à lista Anfast. Quando os nomes dos foragidos são incluídos na lista, as buscas são realizadas pelas polícias de cada país. Uma pessoa pode ser localizada pelo uso de cartão de crédito em estabelecimentos comerciais ou bancos, e por documentos em órgãos públicos ou aduanas, por exemplo.

Localizados na Argentina

Antes de acionar a entidade, a Polícia Federal já havia localizado 48 brasileiros foragidos na Argentina, com os mandados de prisão sendo cumpridos a partir de 5 de junho. Para capturar os condenados ou investigados considerados foragidos, a Polícia Federal planeja construir pedidos de extradição. Nessa etapa, a cooperação será judicial, envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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