Um dos quatro réus condenados pelo incêndio da boate Kiss, que deixou 242 pessoas mortas e outras 613 feridas em 2013, recebeu o benefício do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para cumprir a pena em regime aberto. Elissandro Spohr deve usar tornozeleira eletrônica e recolher-se das 22h às 6h.
DECISÃO
Elissandro Spohr cumpria a pena de 12 anos de prisão na Penitenciária Estadual de Canoas. A Polícia Penal gaúcha confirmou nesta quarta-feira (17) que já cumpriu a decisão judicial para instalação de tornozeleira eletrônica.
A defesa havia solicitado a progressão de regime ou a concessão do livramento condicional, negado em setembro deste ano. Na decisão, o magistrado afirma que o atestado de conduta carcerária foi considerado "plenamente favorável" e os exames social e psicológico "não apontaram elementos que desabonassem o apenado".
CASO BOATE KISS
A tragédia ocorreu durante o show da banda Gurizada Fandangueira na Boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no dia 27 de janeiro de 2013. Foram 242 mortos e outros 636 feridos.
Spohr havia sido condenado originalmente a 22 anos e 6 meses de prisão no julgamento realizado em 10 de dezembro de 2021. A pena foi reduzida para 12 anos em agosto deste ano.
O outro sócio da boate, Mauro Londero Hoffmann, também teve a pena fixada em 12 anos, ante a condenação original de 19 anos e 6 meses. Os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, que haviam sido condenados a 18 anos de prisão, tiveram as penas ajustadas para 11 anos de prisão.
Em setembro, o TJ-RS autorizou a progressão para o regime semiaberto de Elissandro, Marcelo e Luciano.