Advogado de Marcola se retira de julgamento

Marcola é acusado de mandar assassinar o juiz-corregedor Antônio José Machado Dias em 2003

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O advogado de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Roberto Parentoni, se retirou do plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da Capital, após ter negado o pedido de adiamento do julgamento.

Marcola é acusado de mandar assassinar o juiz-corregedor Antônio José Machado Dias em 2003.

Na saída da sala, após cerca de 30 minutos do início do júri, Parentoni disse que "nem na ditadura" o direito do cidadão era cerceado dessa forma.

"Há patente cerceamento de defesa, patente contrariedade à Constituição Federal. Não dá para permanecer enquanto os mandados de segurança não forem julgados pela instância superior. Os direitos de garantia não podem ser violados. O Poder Judiciário não pode se curvar a uma portaria da SAP. Eu não posso nem dialogar com meu cliente sobre o processo. Não consegui entrar no presídio."

O juiz Alberto Aderson Filho determinou que a Defensoria Pública coloque alguém à disposição de Marcola para o julgamento. Uma nova data, no entanto, será marcada.

O outro acusado de ter ordenado o crime, Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, chegou por volta das 11h30 ao fórum sob escolta de carros da Polícia Militar. Ele será julgado nesta quinta. O sorteio dos jurados foi feito após Parentoni deixar o plenário. Carambola também é tido como um dos chefes da facção. Tanto ele quanto Marcola estão presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Ele saiu da prisão sob um rígido esquema de vigilância.

O juiz-corregedor de Presidente Prudente Antônio José Machado Dias foi morto em uma emboscada, em 14 de março de 2003, quando deixava o fórum da cidade, a 558 km de São Paulo. Ele fiscalizava o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, apontado, na época, como o presídio mais rígido do país.

Os delegados Rui Ferraz Fontes e Godofredo Bittencourt serão as duas testemunhas da acusação.

Carambola terá três testemunhas de defesa.

Marcola e Carambola foram denunciados pelo Ministério Público com base em depoimentos de outros acusados, que afirmaram que a ordem foi dada pelos dois em razão da rigidez do juiz na concessão de benefícios a presos da região. Os dois negam. Além de Marcola e Carambola, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo assassinato e três já foram condenadas.

Marcola não viajou a São Paulo porque não conseguiu se reunir com seu advogado, que fez o aviso à Justiça.

O réu já foi condenado a quase 40 anos de prisão por vários roubos. Ele também responde a outros processos, alguns decorrentes da onda de ataques a bases da PM em 2006. Naquele ano, ônibus também foram incendiados e policiais foram mortos em diversas ações pelo estado.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES