A estudante Suênia Sousa Farias, 24 anos, morta na sexta-feira pelo professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues, era perseguida e assediada cotidianamente pelo ex-namorado, segundo a irmã da vítima, Cileide Farias, 30 anos. Apesar disso, a universitária acreditava que conseguiria interromper a perseguição que sofria sem ter de recorrer à polícia.
"Ela achava que iria conseguir contornar a situação. Não pensava em ir à Delegacia da Mulher. Quando foi pega, tentou pedir socorro, mas não conseguiu", relembra Cileide, ao velar a irmã caçula na capela de número 2 do cemitério de Taguatinga, região metropolitana de Brasília.
"Ele ficava mandando mensagens. Agora, depois de tudo, quando bati o olho nela no IML, caiu a ficha. Com fé em Deus ele paga pelo que fez", disse.
De acordo com a Polícia Civil, a estudante foi abordada pelo professor na saída da aula de sexta-feira, e ambos entraram no carro da vítima. Ainda conforme relato da polícia, Suênia teria ligado para o marido afirmando que reataria o relacionamento com o professor. Desconfiado pelo tom da voz da mulher, o marido, Hélio Prado, registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia.
Enquanto estava em poder do professor, Suênia foi baleada três vezes, duas na cabeça e uma no tórax. Rendrik se entregou ainda nesta sexta na 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas. Ele foi demitido da UniCEUB, onde lecionava.
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