Não encarar o bandido durante assalto é importante

É fácil encontrar alguém que já tenha sofrido um assalto ou presenciado um.

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A criminalidade cresce a cada dia, e o simples ato de sair de casa gera insegurança na população. Não parar no sinal vermelho à noite, não andar desacompanhado em ruas desertas, verificar se tem alguém na rua antes de abrir o portão de casa, são comportamentos comuns no cotidiano das grandes cidades.

Tudo isso comprova que as pessoas estão cada vez mais atentas, e o medo de ser assaltado tem deixado a população aflita com a simples aproximação de um estranho.

Quem já foi assaltado conhece a terrível sensação de ter sua vida ameaçada por alguns instantes, um trauma, conforme afirmam as vítimas, para o resto da vida, pois quem passa por essa situação uma vez, não consegue se sentir plenamente seguro novamente.

É comum que a ação ocorra quando a vítima está sozinha. O estudante de Arquitetura, Raimundo Neto, passou por esta situação e nunca esqueceu os momentos que esteve sob a mira dos bandidos.

?Eu estava em uma festa com meus amigos, quando me afastei um pouco para atender uma ligação, um homem se aproximou e mandou entregar o celular, caso contrário ele iria me matar.

Parecia que ele não tinha nada, mas eu não iria arriscar, ainda pedi meu chip, mas ele continuou me ameaçando, eu estava muito nervoso, então entreguei logo e o bandido saiu correndo?, disse o estudante.

Apesar do pânico, o major Jorge Lima, da Polícia Militar do Piauí, aconselha que manter a calma é essencial para sair ileso da situação, pois o assaltante também está nervoso na hora do crime, e qualquer movimento brusco pode ser considerado uma ameaça para ele.

?É fundamental não reagir, pois ninguém sabe qual a sua intenção, se ele já tiver a intenção de matar, qualquer reação pode fazer com que ele aperte o gatilho, então quem passar por esta situação, manter a calma é imprescindível?, alertou.

A universitária Mariana Duarte relata que percebeu quando queriam assaltá-la, e correu para um local movimentado, evitando assim a ação dos bandidos, porém não é o aconselhável, pois ninguém sabe quando terá sorte de escapar.

?Em 2011, tentaram me assaltar quando eu subia uma ladeira para pegar o ônibus para assistir a aula na Universidade Federal do Piauí, mesmo estando com uma sandália de salto alto, eu corri. Mas caso não desse tempo de fugir, eu entregaria tudo que eles me pedissem?, contou.

NÃO ENCARAR O BANDIDO É IMPORTANTE

O sequestro relâmpago, quando a vítima é sequestrada em seu próprio veículo, e permanece com os sequestradores em um curto espaço de tempo, é uma modalidade nova de crime, mas faz vítimas diariamente, principalmente nas grandes capitais brasileiras, onde o fluxo de veículo é maior. Em agosto de 2009 o crime foi acrescentado no Código Penal, e prevê pena de reclusão, de seis a doze anos, além da multa.

Quem passa por esta situação, é importante não encarar o bandido, pois a sensação de que ele será reconhecido posteriormente pode fazer ele decidir assassinar a vítima. ?Esse tipo de sequestro acontece com o objetivo de conseguir dinheiro da vítima ou até para usar o veículo para assalto.

O certo é que ninguém sabe a intenção deles, por isso é importante seguir ?suas ordens?, para que ele não seja surpreendido e opte por tirar a vida da vítima?, afirmou o major Jorge Lima.

O assalto dentro dos veículos é uma situação bastante comum nos grandes centros urbanos, isso porque os bandidos aproveitam quando o motorista para no sinal vermelho para agir.

A cautela neste tipo de assalto deve ser ainda maior, pois qualquer movimento com o braço pode levar a crer que a vítima estará pegando uma arma.

?Quando o assalto acontece com o indivíduo dentro do carro, os cuidados devem ser redobrados, pois ao se mexer, seja para tirar o cinto ou pegar a carteira dentro do porta-luvas, pode levar a crer que o proprietário do veículo está pegando uma arma para reagir ao assalto. Então deixe que ele diga o que deve ser feito, para evitar surpresas e uma tragédia maior?, alertou o major da Policia Militar do Piauí.

A secretária Maria Luiza Mendes passou por esta situação, e conta que estava esperando um grupo para viajar, quando apareceram dois bandidos, ela entregou todos os objetos, mas o amigo que reagiu foi ferido com um golpe de faca.

?Estávamos esperando uns amigos para uma viagem, paramos em frente ao prédio da Justiça Federal, por considerarmos seguros, mas de repente surgiram duas pessoas, que apontaram uma faca e pediram para passar tudo que tínhamos de valor.

Um deles tirou o meu cinto de segurança e pegou minha bolsa, mandando também todo mundo descer, mas quando meu amigo reagiu, eles o feriram no ombro com uma faca?, relatou a secretária.

Comportamento dentro do carro deve ser diferente

Apesar de estar dentro de um carro ligado, reagir ao assalto não é indicado. É normal as pessoas acharem que podem sair do local e que não serão alcançadas. Muitas vítimas já perderam a vida por reagir desta forma, o que demonstra que não pode arriscar, mesmo estando com o motor ligado.

O major Jorge Lima explica que é importante nem cogitar a possibilidade, ressaltando que é melhor serem levados os bens materiais, do que perder o patrimônio mais valioso de qualquer cidadão, sua vida.

Pediram a senha do cartão de crédito?

O avanço da tecnologia e a disponibilidade de máquinas de cartão de crédito em quase todos os estabelecimentos comerciais levaram a população a não andar com muito dinheiro dentro da bolsa ou carteira, utilizando apenas o cartão de crédito. Para conseguir arrancar ainda mais dinheiro da vítima, os bandidos, muitas vezes, exigem a senha, com a intenção de sacar grandes quantias.

Para os clientes não saírem no prejuízo, os bancos estipularam um limite de saque diário, para evitar a retirada de grandes quantias. Mas isso não inibe a ação dos delinquentes, que exigem a senha do cartão na hora do assalto ou sequestro.

Nesta situação é importante não mentir quando o bandido levar a vítima até o caixa eletrônico. Isso acontece nos casos de sequestro relâmpago. Segundo o major Jorge Lima, é melhor deixar levar o dinheiro do que correr o risco de retirarem a vida do cidadão.



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