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Brasil reduz 70% da área queimada no primeiro trimestre de 2025

Dados do MapBiomas revelam queda nacional, mas bioma cerrado tem maior área queimada em 6 anos; Roraima concentra 45% dos incêndios

área queimada em Santarém, no Pará | Foto: Agência Santarém
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O Brasil registrou uma queda expressiva de 70% nas queimadas nos três primeiros meses de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas, divulgados nesta quarta-feira (16), foram queimados 912,9 mil hectares, contra 2,1 milhões de hectares em 2024.

Roraima lidera destruição

Apesar da redução geral, Roraima concentrou 45% do total nacional, com 415,7 mil hectares queimados, especialmente nas cidades de Pacaraima e Normandia. O estado do Pará aparece em segundo lugar, com 208,6 mil hectares, seguido pelo Maranhão, com 123,8 mil hectares.

Biomas mostram contrastes

A análise por bioma revela uma situação mista. Houve queda significativa na Amazônia, com 774 mil hectares queimados a menos (redução de 72%), além de recuos no Pantanal, com 86%, e na Caatinga, com 8%. No entanto, o Cerrado teve aumento de 12% nas áreas queimadas, somando 91,7 mil hectares, o maior número dos últimos seis anos. Também foram observados aumentos na Mata Atlântica, com 7%, e no Pampa, com 1,4%.

Especialistas alertam para riscos

Segundo Felipe Martenexen, do IPAM, o número elevado em Roraima é explicado pelo ciclo natural da estação seca no início do ano. Já Vera Arruda, do MapBiomas, chama atenção para a situação do Cerrado, que teve um aumento 106% acima da média histórica. Ela defende estratégias específicas por bioma e reforça que, mesmo com a redução geral, a Amazônia ainda representa 78% da área total queimada no país.

Março com menos fogo, mas seca preocupa

Somente no mês de março de 2025, a redução foi ainda mais significativa: foram queimados 106,6 mil hectares, uma queda de 86% em comparação aos 674,9 mil hectares de março de 2024. A Amazônia liderou novamente, seguida pelo Cerrado.

Apesar do cenário positivo, a previsão de uma seca severa nos próximos meses pode reverter a tendência. Especialistas defendem a intensificação das ações de prevenção imediatamente, para evitar um novo pico de queimadas no segundo semestre de 2025.

Com informações de Agência Brasil

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