Uma brasileira de 33 anos, identificada como Jéssica Stapazzollo, foi morta a facadas na Itália. O principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, que confessou o crime e foi preso, segundo familiares. O caso aconteceu na última semana, e até a manhã desta segunda-feira (3), o traslado do corpo para o Brasil ainda não tinha data definida.
COMO ACONTECEU
O Consulado-Geral do Brasil em Milão informou que Jéssica era natural de Içara, no Sul de Santa Catarina, e possuía dupla cidadania, italiana e brasileira. Em nota, o órgão afirmou que está acompanhando o caso junto às autoridades locais e prestando apoio à família.
Nas redes sociais, parentes e amigos organizam uma vaquinha online para arrecadar dinheiro e trazer o corpo da vítima ao Brasil. “Cada contribuição é importante e representa o carinho de quem a conheceu”, diz uma das postagens.
O padrasto de Jéssica, Mauricio Donato, contou que o velório deve acontecer primeiro na Itália e, depois, o corpo será levado ao Brasil. Segundo ele, o custo do traslado pode chegar a R$ 60 mil.
Mauricio relatou que ele e a mãe de Jéssica moram a cerca de 15 km da casa onde o crime aconteceu e que souberam da notícia na madrugada da última terça-feira (28). “A polícia chegou por volta das 4h40 e nos contou o que tinha acontecido. Minha esposa ficou muito abalada e precisou de atendimento médico”, disse.
De acordo com a agência italiana ANSA, o crime ocorreu em Castelnuovo del Garda, no norte da Itália, onde Jéssica morava. Ela foi atingida por 27 facadas. As investigações apontam que o assassinato aconteceu entre a noite de 26 e a manhã de 27 de outubro, sendo descoberto cerca de 24 horas depois.
PREFEITURA SE MANIFESTOU
A prefeitura da cidade lamentou o ocorrido e chamou o assassinato de “um terrível ato de violência”. No dia 30 de outubro, foi realizado um ato simbólico em frente à prefeitura em homenagem à brasileira. “Queremos lembrar Jéssica e reafirmar a importância do respeito, da dignidade e do direito à vida de todas as mulheres”, disse o comunicado do município.