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Câmeras revelam suspeitos de matar cabeleireiro encontrado amarrado em São Paulo

A identificação ocorreu após análise das câmeras de segurança da rua, que registraram os suspeitos deixando o local na manhã de sábado (22), dia do crime.

Polícia identifica homens acusados de participação na morte do cabeleireiro Betto Silveira | Foto: Reprodução
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A Polícia Civil identificou os dois homens apontados como responsáveis pela morte do cabeleireiro José Roberto Silveira, conhecido como Betto Silveira, encontrado amarrado e amordaçado dentro de casa, no bairro Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. A identificação ocorreu após análise das câmeras de segurança da rua, que registraram os suspeitos deixando o local na manhã de sábado (22), dia do crime.

De acordo com investigadores do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), as imagens mostram os dois homens saindo a pé da residência às 5h53. O órgão solicitou à Justiça a prisão temporária dos suspeitos e aguarda a decisão. Na noite de quarta-feira (26), a Polícia Militar chegou a deter um terceiro homem apontado inicialmente como suspeito, mas ele foi liberado após prestar depoimento.

Betto Silveira, de 59 anos, foi encontrado morto no mesmo sábado, no quarto onde dormia. Segundo a polícia, a vítima estava com a boca amordaçada por uma toalha e com mãos e pés amarrados por um fio de telefone. Havia hematomas nos braços, no ombro e no nariz, indicando sinais de violência.

O corpo foi descoberto pelo sócio do cabeleireiro e por uma prima, que foram até a casa após várias tentativas frustradas de contato. Eles acionaram a Polícia Militar, que encontrou Betto já sem vida. O imóvel fica na Rua Pio XI, endereço onde funcionava também o salão de beleza da vítima.

As câmeras de segurança do bairro registraram que Betto saiu de carro às 1h39 e voltou às 2h13. Para a polícia, ele retornou acompanhado. A diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, afirmou que tudo indica que duas pessoas estavam com ele ao entrar em casa. A investigação ainda não encontrou sinais de roubo e trabalha com a hipótese de uma discussão ou conflito dentro do imóvel.

A prima do cabeleireiro relatou à polícia que havia marcas de sangue sobre a cama e os travesseiros. No banheiro, encontrou uma faca sobre a pia, sem indícios de sangue. A mãe de Betto, uma idosa de 98 anos com dificuldade de mobilidade, também estava na residência no momento do crime. Ela só percebeu algo errado no dia seguinte, quando acordou sozinha, acreditando que o filho havia saído cedo. Sem saber como sair da casa, pediu ajuda da sobrinha, que acionou vizinhos para entrar no imóvel.

A Polícia Militar não encontrou sinais de arrombamento. As investigações continuam sob responsabilidade do DHPP, que tenta esclarecer a motivação e localizar os suspeitos já identificados.

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