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Caso Bernardo Boldrini: condenada pela morte do menino é achada morta na prisão

A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias foram acionados e vão apurar as circunstâncias do óbito.

Edelvânia Wirganovicz, condenada pela morte de Bernardo Boldrini | Foto: Divulgação - Polícia Civil
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A Polícia Penal do Rio Grande do Sul confirmou, nesta terça-feira (22), a morte de Edelvânia Wirganovicz, uma das quatro pessoas condenadas pelo assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, ocorrido em 2014. Ela foi localizada sem vida no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre. Com informações da Folha Gaúcha.

O QUE ACONTECEU

Segundo informações preliminares divulgadas pela corporação, Edelvânia apresentava sinais de enforcamento e, até o momento, os indícios apontam para a possibilidade de suicídio. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias foram acionados e vão apurar as circunstâncias do óbito.

A defesa de Edelvânia foi procurada, mas afirmou não ter sido informada oficialmente sobre o ocorrido até a última atualização do caso.

Amiga de Graciele Ugulini — madrasta de Bernardo — Edelvânia confessou participação no crime e indicou às autoridades o local onde o corpo da criança foi enterrado, em Frederico Westphalen, no Norte do estado.

Condenados no caso Bernardo: Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz — Foto: Reprodução/TJRS 

Ela cumpria pena de 22 anos e 10 meses de reclusão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Desde fevereiro de 2025, estava em regime semiaberto, após ter a prisão domiciliar revogada. Em 2023, uma decisão judicial determinou o uso de tornozeleira eletrônica por falta de vagas no sistema prisional.

O caso Bernardo Boldrini

O menino Bernardo desapareceu no dia 4 de abril de 2014, em Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A última vez que foi visto, segundo a polícia, ele se dirigia à casa de um amigo. Dez dias depois, o corpo foi encontrado enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen.

O atestado de óbito, segundo familiares da mãe do menino, apontou morte violenta, mas sem detalhar a causa exata, devido ao avançado estado de decomposição do corpo.

Condenações

Em 2019, um júri popular condenou quatro pessoas pelo assassinato e ocultação do cadáver de Bernardo:

  • Leandro Boldrini, pai da vítima, foi sentenciado a 31 anos e 8 meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

  • Graciele Ugulini, madrasta do menino, recebeu pena de 34 anos e 7 meses pelos mesmos crimes.

  • Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, foi condenada a 22 anos e 10 meses.

  • Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi sentenciado a 9 anos e 6 meses por homicídio simples e ocultação de cadáver. A pena foi considerada cumprida em janeiro de 2024.

Situação atual dos condenados

Leandro Boldrini cumpre pena em regime semiaberto. Em 2024, foi selecionado para um programa de residência médica no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), mas, em fevereiro de 2025, teve o registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina e foi desligado da instituição.

Graciele Ugulini também cumpre pena em regime semiaberto. Já Evandro Wirganovicz está em liberdade desde o início de 2024, após extinção da pena.

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