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Caso Lucas: mãe não teria ajudado filho envenenado e será investigada por omissão

Em entrevista ao repórter Lucas Padula, a delegada do caso, Liliane Doretto, contou detalhes envolvendo a morte brutal do jovem de 19 anos e o envolvimento da família no crime

Caso Lucas: mãe não teria ajudado filho envenenado e será investigada por omissão | Foto: Reprodução
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A investigação da polícia de São Paulo acerca da morte do jovem de 19 anos, Lucas da Silva Santos, após ser envenenado pelo padrasto com bolinhos de mandioca, segue um novo rumo. Segundo a delegada Liliane Doretto, titular do 8º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, a mãe da vítima também irá passar por avaliação, com o objetivo de descartar sua participação no crime.

Vamos aguardar agora só um laudo para que a esposa dele (suspeito), mãe de Lucas, seja submetida a uma avaliação psiquiátrica, para saber qual a dimensão, pra saber se ela podia se dispor diante desse caráter ilícito, porque saibam que toda vez que você é um garantidor pela lei, ou seja, os pais em relação aos filhos, que tem uma relação de dever, de cuidado, você responde como se fosse o autor direto do crime, e eu preciso saber se ela estava subjugada e manipulada a ponto de não saber que os filhos dela, inclusive o Lucas, estavam sendo ali dominados.

Ainda segundo a delegada, a intenção é descobrir se a mãe de Lucas possuía alguma autoridade para impedir o crime antes que este viesse a ser consumado.

MÃE FICOU FRIA NO DEPOIMENTO

Diante do depoimento, a mãe do jovem que faleceu na tarde deste domingo (20), após 10 dias internados, não disse nada à polícia até o suspeito, Ademilson Ferreira dos Santos, ser preso e confessar. "Ela omitiu a questão de que quando o rapaz estava convulsionando". 

Enquanto Lucas estava convulsionado, o padrasto estava tomando café. Ela (a mãe), tirou foto dele (do acusado) tomando café, e o filho caçula pegou o irmão convulsionado e o levou para pedir socorro aos vizinhos. Os celulares deles se perderam naquela ocasião.

O QUE ACONTECEU?

  • Na sexta-feira (11), Lucas recebeu na casa da família cinco bolinhos de mandioca feitos pela tia, irmã de seu padrasto;
  • Após comer os bolinhos com a família, todos jantaram uma refeição preparada pela mãe de Lucas;
  • Lucas apresentou sintomas cerca de 20 a 30 minutos depois;
  • A Polícia Civil registrou o caso como tentativa de homicídio;
  • A tia prestou depoimentos afirmando que consumiu os bolinhos com a família e seus animais de estimação — ninguém apresentou sintomas — e negou ter colocado qualquer veneno;
  • Agora, a tia foi descartada, por enquanto, e o padrasto passou a ser investigado.

PADRASTO PRESO

O padrasto de Lucas está preso suspeito de envolvimento no crime, após apresentar contradições e inconsistências nos depoimentos. Ademilson era abusivo e procurar controlar os enteados. Além disso, ele também é investigado por abusos sexuais.

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