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Lucas Padula

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Crianças sofrem abusos em casa que recebia menores após escola em Diadema

O autor dos fatos já está preso. vítimas contraíram doenças

Delegacia da mulher investigou o caso por mais de um ano. | Foto: Lucas Padula - Rede Meio

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Diadema concluiu o inquérito sobre um caso grave de abusos sexuais cometidos contra crianças em um espaço informal de acolhimento no contraturno escolar, no bairro Taboão. O principal suspeito é um homem identificado como “Tio Roberto”, companheiro da responsável pelo local, que está preso preventivamente.

Segundo a delegada titular Renata Cruppi, a investigação começou após uma menina de seis anos apresentar sinais de infecção e ser diagnosticada com uma doença sexualmente transmissível. A partir do relato, outras famílias procuraram a polícia. “Conseguimos identificar sete vítimas, sendo que cinco famílias aceitaram colaborar com a investigação”, afirmou a delegada.

Os depoimentos indicam que os abusos ocorreram quando a responsável, M.F, descansava. Embora negue participação, ela foi denunciada por omissão, já que, de acordo com testemunhas, tinha conhecimento do que acontecia e não tomou providências.

A mãe da menina de seis anos relatou que a filha e o irmão de dois anos ficavam diariamente na residência após a escola, até a noite, enquanto trabalhava. “Minha filha contou que tudo acontecia enquanto esperava a M.F. acordar. Nesse momento, o marido dela se aproximava e fazia coisas que jamais deveriam acontecer com nenhuma criança”, disse, abalada.

O local, que recebia cerca de 30 crianças por dia e funcionava de forma informal há aproximadamente três décadas, encerrou as atividades após a denúncia. A polícia acredita que novas vítimas possam surgir, considerando o longo período em que o espaço operou sem regulamentação.

A delegada reforçou a importância de dar atenção às falas das crianças. “Quando a criança verbaliza uma dor ou sofrimento, é essencial procurar a polícia. É melhor investigar e não ser nada do que deixar a criança viver com essa dor”, alertou Cruppi.

O inquérito foi finalizado e o caso já está na Justiça, sob acompanhamento do Ministério Público. A vítima e outras crianças identificadas recebem apoio psicológico.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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