Morreu nesta sexta-feira Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo. Ele enfrentava problemas decorrentes de de uma malária que adquiriu nos anos 1990. O artista tinha 81 anos e vivia em Paris.
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado formou-se em economia antes de descobrir sua verdadeira vocação: a fotografia. Ao longo de mais de quatro décadas, percorreu mais de 120 países registrando, com sensibilidade única, a condição humana, o trabalho, os deslocamentos forçados e a relação entre o homem e a natureza.
Seus projetos icônicos — como “Trabalhadores”, “Êxodos”, “Gênesis” e “Gold” — não apenas retrataram a realidade com profundidade estética e ética, mas também provocaram reflexão global sobre injustiça social, meio ambiente e dignidade humana. Seu trabalho foi reconhecido internacionalmente e exibido nos maiores museus e galerias do planeta.
Junto de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, também fundou o Instituto Terra, responsável por um dos maiores projetos de reflorestamento do Brasil, contribuindo de forma concreta para a recuperação ambiental do Vale do Rio Doce.
Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, aos amigos e a todos que se emocionaram e se inspiraram com sua obra. Perdemos um mestre da imagem, mas seu legado permanecerá eterno nos olhos do mundo.