A Polícia Civil de São Paulo encontrou manchas de sangue no carro do empresário Adalberto Amarillo Júnior, de 47 anos, que foi encontrado morto dentro de um buraco numa construção dentro do Autódromo de Interlagos, na terça-feira (3). O empresário ficou desaparecido por quatro dias, depois de participar de um evento no local.
O veículo de Adalberto passou por uma nova perícia nesta semana, onde foram encontradas manchas em pelo menos quatro pontos do carro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as manchas estavam ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do passageiro e também no banco de trás. Testes iniciais apontaram que o sangue é humano, mas ainda não se sabe a quem pertence. A polícia solicitou um exame de confronto genético para saber se o material biológico é de Adalberto.
Segundo investigações, uma peça de roupa apreendida não foi reconhecida pela família como pertencente à vítima. Nesta semana, um amigo do empresário prestou depoimento à polícia e informou que Adalberto “consumiu maconha e ingeriu cerca de oito copos de cerveja” durante o evento em que estiveram juntos na sexta-feira (30).
Ele afirmou que a maconha foi comprada no local, de desconhecidos, e que, após o consumo da droga e do álcool, Adalberto ficou “alterado e bastante agitado”. Segundo o relato, isso ocorreu durante o show do cantor Matuê, que teve início às 19h45 e fazia parte da programação do evento.
A Polícia Civil de São Paulo investiga o caso como possível crime. “Ele foi colocado ali [no buraco] desacordado”, afirmou a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios. Ainda não se sabe se Adalberto sofreu um acidente ou foi vítima de um crime. A polícia investiga como morte suspeita.
O último contato de Adalberto com a esposa, Fernanda Dândalo, foi na sexta-feira às 19h40. Preocupada com a demora, ela procurou um amigo dele, Rafael, por volta das 1h55 de sábado. Rafael contou que Adalberto pretendia contornar o autódromo para pegar o carro no estacionamento do kartódromo. Fernanda também rastreou o celular do marido, que indicava localização fixa dentro do autódromo.