SEÇÕES

Lucas Padula

Acompanhe as notícias mais relevantes e principais acontecimentos de São Paulo

Lista de Colunas

Exclusivo VÍDEO: Ambulante é acusado de roubo e é agredido por seguranças de shopping no Grande ABC

O caso segue em investigação; Vítima teve o celular quebrado

Alison e o tio dele, Robson, falaram com Lucas Padula sobre o ocorrido. Foto: Lucas Padula - Rede Meio | Alison e o tio dele, Robson, falaram com Lucas Padula sobre o ocorrido. Foto: Lucas Padula - Rede Meio

Alison e o tio dele, Robson, falaram com Lucas Padula sobre o ocorrido. Foto: Lucas Padula - Rede Meio

Um vendedor ambulante, identificado como Alison Souza Pedro, de 20 anos, foi agredido por seguranças de um shopping em Santo André, no Grande ABC, na tarde deste domingo (20). Ele foi acusado, sem provas, de roubar barras de chocolates, de uma loja dentro de um shopping. O titular desta coluna conversou com Alison, que segue com ferimentos e ainda assustado com a situação. 

Segundo a vítima, no domingo de Páscoa, ele foi até a loja para comprar barras de chocolate para vender, escolheu as barras e ao sair foi abordado pelos seguranças que acusaram que Alison havia roubado os produtos. 

“Eu estava com uma sacola de chocolates nas mãos, quando um segurança me viu e veio me seguindo, falando que eu era ladrão e que eu roubei a loja. [...] eu estava com a nota e inclusive o pessoal da loja me conhece, porque venho frequentemente”, disse Alison. 

O vendedor foi agredido por três seguranças. De acordo com o BO, ele foi agredido com chutes, socos até com um pedaço de madeira, e teve sua mochila, boné, celular e doces levados pelos agressores.

“Me deram uma ‘paulada’ na cabeça, chutes na cara, pisão nas costelas. [...] eu estava com mais barras de chocolate na bolsa e uma outra parte na sacola, ele [os seguranças] sumiram com a minha bolsa, pegaram o meu boné e quebraram meu celular. Eles apresentaram na loja, os chocolates que estavam na sacola”, comenta Alisson. 

O tio do jovem, Robson Batista Pedro, conta que o sobrinho ligou para ele para pedir ajuda e ao chegar, encontrou o vendedor ensanguentado e dizendo que haviam o acusado de roubo. Certo de que o sobrinho não tinha cometido tal ato, ele foi até a loja e conversou com as vendedoras. 

“Eu fui na loja, o pessoal disse que não haviam relatado nada sobre roubo e nem chamaram segurança e eu perguntei se ele tinha comprado, as meninas [atendentes] ficam tristes ao saber que ele foi agredido e elas foram no computador e puxaram a nota fiscal da compra”, disse o tio. 

Robson ainda conta que os seguranças devolveram os chocolates que estavam dentro da sacola para a loja e que as funcionárias colocaram as mercadorias no lugar novamente. Mas, ao falar com as atendentes, as mulheres devolveram as barras pagas por Alison. 

O jovem relata ainda estar abalado e diz que essa é a única forma de ajudar a família em casa. Alison tem uma filha de cinco anos e está realizando uma reforma na casa com os custos das vendas das barras de chocolates. Veja a entrevista exibida no programa "Patrulha com Luiz Fortes":

O QUE DIZ A DEFESA DA VÍTIMA?

Nesta terça-feira (22), o advogado José Santana Júnior, disse que conversou com os responsáveis pelo shopping, pois os mesmos prometeram entregar as imagens das câmeras de segurança, mas no fim, não foram entregues. 

“Fui com eles [Alisson e o tio] até a loja, chequei as informações com atendentes, se ele era frequentador e tinha comprado na loja, todos confirmaram que ele sempre compra, inclusive tinha nota fiscal. Depois fizemos o percurso que foram feitas as agressões. [...] Chegamos hoje às 9h e teve até uma forma desrespeitosa com os nossos clientes, pois marcamos para vir até aqui para uma reunião, e nos atenderam do lado de fora, pegaram meu contato e disseram que o jurídico ou a assessoria do shopping entraria em contato”, disse o advogado que agora aguarda o trabalho da polícia nas buscas pelas imagens. 

Veja o vídeo que o tio denuncia a agressão: 

O QUE DIZ O SHOPPING? 

Em nota, o Grand Plaza Shopping informou que “não tolera nenhum tipo de violência em suas dependências e tanto seus colaboradores quanto os funcionários terceirizados são orientados neste sentido. Em relação à denúncia feita, o empreendimento está conduzindo uma rigorosa apuração e adotará todas as medidas cabíveis. Além disso, permanece à disposição das autoridades competentes para qualquer esclarecimento.”, dizia a nota.

Também por meio de uma nota, a loja Americanas disse que repudia qualquer tipo de violência dentro ou fora dos seus ambientes e ressaltou que os agressores não são colaboradores 

“A companhia deu apoio à vítima e está à disposição das autoridades para contribuir com a elucidação do caso”, disse a empresa.

O QUE DIZ A SSP?

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi registrado como lesão corporal e dano pelo 6º Distrito Policial de Santo André. 

“A vítima foi orientada quanto ao prazo para ofertar representação criminal contra os autores”, encerra a nota.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
Tópicos
Carregue mais
Veja Também