Novas imagens mostram o momento em que dois homens abandonam o carro da professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, que foi encontrada morta com um cadarço no pescoço, em Interlagos, zona Sul de São Paulo. As imagens foram gravadas no dia 27 de abril, por volta das 21h29, ou seja horas depois que a vítima desapareceu.
Nas imagens, a dupla sai do carro e ambos ficam parados olhando a rua, eles olham para os lados e começam a afastar-se do veículo. Uma outra câmera mostra quando a dupla vai embora por uma viela. As investigações apontam que eles passaram pela estação Autódromo, da Linha 9-Esmeralda, mas que não teriam pegado o trem. Agora, a polícia segue em busca das câmeras da estação para que seja feito o reconhecimento dos suspeitos.
Por meio de uma nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), disse que o caso segue sendo investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e que “durante as apurações, os investigadores localizaram uma impressão digital parcial no veículo da vítima, que está sendo analisada. Imagens de câmeras de segurança também estão sendo examinadas e as investigações prosseguem para esclarecer todos os detalhes do crime”, encerra a nota. Veja a nova imagem:
RELEMBRE O CASO
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), segue investigando o caso. A ex-companheira da professora, Fernanda Fazio prestou um depoimento falando como foi o pedido de ajuda que fez à Fernanda Bonin, no dia que ela desapareceu. No entanto, os policiais viram inconsistências na versão apresentada por Fernanda e pediram um novo depoimento.
Nesta sexta-feira (2), ela voltou ao DHPP e prestou um novo depoimento de pelo menos quatro horas. Fernanda havia dito no primeiro depoimento que no domingo (27), dia dos fatos, ela estava com os dois filhos quando o carro dela deu um problema na marcha. Ela então, ligou para a professora, pedindo ajuda.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento que Bonin deixa o prédio usando o elevador e saindo com o carro. Segundo as investigações, o trajeto foi refeito da casa da professora até o local onde estaria a ex-companheira, mas não há imagens de câmeras em nenhuma das ruas, que mostram o carro da educadora. Veja:
Ainda no primeiro depoimento, Fernanda disse que ficou no local por meia hora e que depois o carro voltou a funcionar. Ela foi embora, mas não disse para onde. A ex-companheira disse que como não foi até o local, ela então foi até o apartamento da professora e que não conseguiu contato. No dia seguinte, como não tinha notícias da educadora, a mulher então resolveu acionar a polícia.
Devido a algumas lacunas, um novo depoimento foi pedido. A polícia também pediu perícia no carro da ex-companheira para ver a caixa de câmbio. Ela não é tratada como suspeita, mas sim, averiguada.
Fernanda foi casada com a professora, com quem teve dois filhos gêmeos, por oito anos, mas viviam separadas há cerca de um ano. Pessoas próximas da professora, foram ouvidas pela polícia e relataram brigas frequentes, principalmente depois que houve a separação.
A professora foi encontrada sem vida no dia 28 de abril em um terreno próximo ao Autódromo de Interlagos. Fernanda estava com roupas e cadarço enrolado no pescoço.