A Polícia Civil de Taubaté, por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) encontrou o corpo da jovem Mariana da Costa Nascimento, de 28 anos, que estava desaparecida desde segunda-feira (9), quando saiu com o ex-namorado Luiz Felipe da Silva de Moura, de 32 anos, que segundo a família, ambos tinham uma relação conturbada. Luiz, confessou e levou os policiais até o local onde estava o corpo. Ele confessa ter enterrado, mas não matado a jovem.
Segundo as investigações, Mariana havia saído com Felipe no domingo (8) e teria mandando mensagens para os parentes informando que estava com o ex e que voltaria para casa no dia seguinte. Mas, como não deu mais notícias para a família, os parentes registraram o desaparecimento na segunda-feira (9).
As investigações também apontam que a jovem tinha denunciado em abril, que Luiz a perseguia e por isso pediu uma medida protetiva contra o ex. Com base em imagens de câmeras de segurança, foi possível observar movimentação suspeita do carro de Luiz Felipe em direção à zona rural do bairro Una. Ao chegar numa fazenda, os agentes do Deic encontraram um par de botas e um celular enrolados em papel, às margens de um rio. VEJA O MOMENTO DA PRISÃO:
Os policiais foram até a casa de Luiz Felipe, que estava sendo confrontado pela irmã da vítima e diante da pressão, teria confessado o crime, informando que enterrou Mariana em sua propriedade, mas por medo de represálias, não foi até o local onde estava o corpo, ele então indicou o local e lá Mariana foi encontrada.
Luiz foi levado para a delegacia, e ao chegar lá, na presença do advogado, disse que não tinha matado e que encontrou Mariana sem vida e que decidiu enterrar o corpo da mulher no terreno que pertence a ele.
PARA IRMÃ, SUSPEITO DISSE QUE NÃO SABIA ONDE ESTAVA VÍTIMA
Momentos antes de confessar o crime, a irmã da vítima, Gabriela Costa encontrou Luiz atrás de uma porteira onde começou a gravar a abordagem. No vídeo, ela tenta convencer o homem de confessar o crime.
“Vamos lá, só para você mostrar onde está, para a gente enterrar o corpo”, diz Gabriela.
No entanto, Luiz nega o envolvimento e não dá informações.
“Não sei o que aconteceu, se eu soubesse… eu amo a sua irmã. Eu não estou conseguindo comer”, disse o homem.
PRISÃO
Luiz foi levado para a delegacia, onde em depoimento, disse que não matou a jovem e a encontrou amarrada em uma árvore. Desesperado, tirou a mulher e a levou para ser enterrada. Ela estava pendurada, não sei se por corda ou cadarço. Daí na verdade, eu cortei (o objeto) não sei onde. Ela estava meio molengona ainda. Daí eu consegui cortar (corda ou cadarço)”, disse o suspeito.
A versão foi considerada inconsistente pelos investigadores diante dos indícios colhidos. A Polícia Civil representou pela conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O caso segue sendo investigado no contexto de violência doméstica, o que tem como agravante a tipificação do feminicídio.