Delegada diz que teve relações sexuais com coronel Ubiratan

Carla é acusada de matar o coronel Ubiratan, com quem namorava, por ciúmes

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A delegada da Polícia Federal Renata Madi confirmou que teve relações sexuais com o coronel Ubiratan, comandante do Massacre do Carandiru morto em 2006 em seu apartamento.

A declaração, registrada em depoimento à Justiça, foi lida no início da segunda sessão do julgamento de Carla Cepollina, nesta terça-feira (6). Ela será julgada por homicídio triplamente qualificado (por crueldade, motivo fútil e sem chance de defesa).

Carla é acusada de matar o coronel Ubiratan, com quem namorava, por ciúmes. De acordo com a polícia, momentos antes do crime, o casal teria discutido por causa do relacionamento do oficial com Madi. Naquela noite, vizinhos teriam ouvido barulho parecido com um tiro.

Renata foi convocada a prestar seu depoimento durante o julgamento mas, como não compareceu ontem ao Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, foi lido seu depoimento.

Ainda segundo o depoimento lido, Madi conhecia o coronel há pelo menos seis anos mas manteve uma relação amorosa "superficial" com ele. A delegada ainda afirmou que os dois se falavam todos os dias.

No dia do crime, Renata teria ligado duas vezes para a casa de Ubiratan após receber uma mensagem dele em seu celular. Na segunda ligação, Carla teria atendido o telefone e dito "você não pode falar com o coronel agora porque a gente está brigando".

A delegada afirmou que foi informada da morte do oficial somente às 23h40 do dia 9 de setembro, pelo cabo Pernambuco, melhor do amigo do coronel.

O julgamento estava previsto para começar às 12h de hoje, mas um problema nas instalações elétricas do fórum interrompeu o abastecimento de luz. Após a normalização da falha, a audiência foi iniciada às 14h20.

Segundo o Tribunal de Justiça, a sessão desta terça começaria com a leitura de algumas peças processuais. Na sequência, a acusada será interrogada e serão realizados os debates entre defesa e acusação. Por fim, os jurados se reunirão para determinar o veredicto.

Cepollina será julgada por homicídio triplamente qualificado (por crueldade, motivo fútil e sem chance de defesa). Ontem, no primeiro dia de júri, ela foi expulsa durante a sessão após se revoltar contra uma testemunha que prestava depoimento.

Na ocasião, o delegado Marco Antonio Olivato que investigou o caso a época do crime estava sendo ouvido, e negou ter chantageado Cepollina. Neste momento, ela se exaltou e interrompeu o depoimento, afirmando que ele "falou sim". Com isso, o juiz determinou sua retirada da sessão.

Ontem, Liliana Prinzivalli, mãe e advogada de Carla, dispensou todas as cinco testemunhas de defesa por acreditar que todas as provas já são favoráveis à filha.

CARLA CEPOLLINA

Carla Cepollina, 46, responde em liberdade e nunca foi presa. Se condenada, pode ficar 30 anos na prisão.

De família rica, estudou no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo. Boa aluna, cursou administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e direito na USP.

Segundo a mãe, Liliana Prinzivalli, a filha e o coronel se conheceram por meio de um parente de Carla, da Polícia Militar. Namoraram por dois anos e meio.

Desde que foi acusada, Carla passou a trabalhar fazendo traduções e administrando os bens da família.

Liliana diz que a filha deixou de ter vida social. "Uma acusação dessa pesa muito."



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES