A Justiça aceitou nesta quarta-feira (7) a denúncia do Ministério Público contra os dois empresários envolvidos no racha que resultou no atropelamento e morte do lutador de jiu-jítsu Kaio César Alves Muniz Ribeiro em Campinas, no interior de São Paulo. Agora, eles passam a ser réus no processo e irão a júri popular.
Fabrício Narciso Rodrigues da Silva e Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio de Souza respondem por homicídio duplamente qualificado. Os dois irão a júri popular ao final do processo e, se condenados, podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Adriane, que dirigia um Audi A3, foi quem atingiu o lutador. Fabrício estava em um Camaro. Na segunda-feira (5), quando a promotoria fez a denúncia, Pedro Sait, advogado de defesa de Adriane, disse que já havia sido notificado e que iria aguardar o pronunciamento da Justiça. O G1 não conseguiu contato com Antônio Godoy Maruca, defensor de Fabrício.
Silva e Adriane deixaram as prisões beneficiados por uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A empresária ficou na cadeia feminina de Paulínia, na região de Campinas, até o dia 25 de novembro e pagou a fiança de R$ 109 mil. Já o empresário saiu do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Campinas um dia depois, após pagamento de R$ 163,5 mil de fiança.
O lutador Kaio César Alves Muniz Ribeiro, de 23 anos, estava voltando da casa da namorada na madrugada do dia 18 de novembro quando foi atropelado na calçada da Avenida Júlio Prestes. Kaio era atleta da Federação do Estado de São Paulo de Jiu-Jítsu, vice-campeão brasileiro e campeão paulista na categoria adulto, faixa marrom.