A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou o delegado responsável pela investigação da morte da jovem trans Rihanna, de 18 anos, assassinada por um motorista de aplicativo em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.
O suspeito, de 19 anos, que não teve a identidade revelada, confessou o crime na delegacia após aplicar um mata-leão na vítima e sufocá-la até a morte, depois de uma discussão entre os dois.
Através das suas redes sociais, a parlamentar afirmou que denunciou o delegado responsável por liberar o suspeito mesmo após ele ter confessado o crime.
“Estou denunciando, ao Ministério Público Estadual, o assassino e o delegado. [...] É inconcebível que um delegado não faça a prisão em flagrante de um assassino que levou um corpo até uma delegacia porque ele foi 'bonzinho', confessou o crime e jurou de dedinho que vai se comportar”, escreveu.
O CASO
Em depoimento à Polícia, o jovem afirmou que teria agido em legítima defesa após a vítima supostamente ter feito um movimento brusco para pegar algo em sua bolsa. Segundo ele, após Rhianna perder a consciência, tentou reanimá-la, mas ela não resistiu.
O suspeito disse ainda que a jovem teria ameaçado espalhar um boato de que ele seria estuprador.
Através de uma nota, a PC informou que a investigação está em andamento e, por o suspeito ter se apresentado espontaneamente e confessado o crime, ele foi liberado e responderá em liberdade.
A deputada Erika Hilton também informou que enviou ofício à Polícia Civil, à Secretaria de Segurança Pública e ao Governo da Bahia cobrando esclarecimentos.