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Esposa de cantor sertanejo é alvo da PF por suspeita de lavar dinheiro para PCC

Jaqueline Amaral, mulher do cantor Diego da dupla Henrique e Diego, teria movimentado quase R$ 3 milhões entre 2018 e 2022 em esquema ligado à facção criminosa

Jaqueline Amaral foi alvo de busca e apreensão em Campo Grande. | Foto: Redes sociais/Reprodução
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (21) a operação Fruto Envenenado, que tem como principal alvo Jaqueline Maria Afonso Amaral, esposa do cantor sertanejo Diego, da dupla Henrique e Diego. Ela é suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), movimentando quase R$ 3 milhões entre 2018 e 2022.

A ação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS). Na residência de Jaqueline, na Vila Nhanhá, a PF apreendeu um carro registrado em nome da mãe dela. Outro veículo de luxo também foi recolhido em condomínio localizado na saída para Três Lagoas.

A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 2,7 milhões que seriam provenientes de atividades ilícitas ligadas à facção.

Jaqueline é esposa do cantor sertanejo Diego, da dupla Henrique e Diego. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Ligações com a facção

As investigações apontam que Jaqueline, empresária do ramo sertanejo, recebia recursos ilegais do PCC e os movimentava por meio de contas bancárias de parentes e amigos próximos. Ela já foi companheira de Júlio César Guedes de Morais, o Julinho Carambola, apontado como braço direito de Marcola e envolvido no assassinato do juiz Antonio José Machado Dias em 2003.

Em nota, a defesa de Jaqueline afirmou que ela “recebeu com surpresa” a operação e destacou que a empresária se separou há anos do ex-companheiro ligado ao crime organizado. A defesa ainda declarou que Jaqueline mantém atividades empresariais “lícitas e regulares” e está colaborando com as autoridades, inclusive entregando seu celular com senha de acesso.

Veja a nota da defesa de Jaqueline Amaral na íntegra:

"A sra. JAQUELINE MARIA AFONSO AMARAL esclarece que recebeu com surpresa diligência de busca e apreensão na sua residência, sob pretexto de investigação de supostas relações com integrantes de organização criminosa, de vez que se separou e se afastou de seu ex-companheiro há vários anos, tendo constituído outro núcleo familiar. Além disso, a sra. JAQUELINE MARIA AFONSO AMARAL mantém atividade empresarial lícita e regular, não tendo nada a esconder de autoridades, colocando-se à disposição para prestar os esclarecimentos necessários. Neste sentido, inclusive, entregou seu telefone celular, fornecendo senha de acesso, considerando que nada há de ilícito no seu conteúdo, em atitude plenamente colaborativa. A defesa técnica, assim que tiver acesso ao processo, poderá esclarecer com mais propriedade as circunstâncias que levaram ao equívoco de tornar a sra. JAQUELINE MARIA AFONSO AMARAL alvo da referida operação".

Operação integrada

A Operação Fruto Envenenado foi conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Mato Grosso do Sul (FICCO/MS), composta pela Polícia Federal, Polícia Militar do MS, Polícia Penal Estadual (Agepen) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

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