Jorge Guaranho, ex-policial penal, foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e perigo comum - pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (13).
A pena, que será cumprida inicialmente em regime fechado, está sob recurso da decisão. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT.
LEGÍTIMA DEFESA
Antes da leitura da sentença, a defesa de Guaranho reforçou nesta quinta (13), que ele agiu em legítima defesa e que o crime não teve motivação política. Na quarta-feira (12), o agora condenado afirmou no júri que não foi à festa da vítima “nem para brigar, nem para matar”.
O júri popular foi presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
Segundo informações, na decisão, que foi lida por volta das 14h, a juíza ressaltou que ele utilizou uma arma da União para cometer o crime. Ela destacou também a intolerância política que Guaranho demonstrou com as ações.
ALERTA SOBRE INTOLERÂNCIA POLÍTICA
A juíza também citou a promulgação da lei contra intolerância política na data de 9 de julho. Ela afirma que antes do crime não havia necessidade de se alertar quanto a isso e considera que o caso marca essa necessidade.
Foi determinada a prisão imediata de Guaranho, que cumpria prisão domiciliar desde setembro do ano passado. O Departamento de Polícia Penal do Paraná deve definir para qual presídio ele será encaminhado.