O austríaco Josef Fritzl declarou nesta quarta-feira (18) perante o tribunal que se considera culpado de todas as acusações, incluindo a de homicídio de uma das sete crianças nascidas da relação incestuosa com sua filha Elisabeth, que manteve presa por 24 anos.
O julgamento está no terceiro dia e ocorre na pequena cidade de Sankt Pölten, a 60 km a oeste da capital austríaca, Viena. Há dois dias, o acusado havia negado parte dos seis pontos da acusação.
Com a confissão, Fritzl deve pegar prisão perpétua. A sentença deve ser divulgada nesta quinta-feira (19).
Confissão
"Não sei por que não ajudei. Esperava que o bebê pudesse passar por isso", disse Fritzl, que lembrou que esteve presente no parto dessa criança em 1996. "Declaro ser culpado. Deveria ter reconhecido que o bebê estava mal", afirmou o acusado.
Perante a afirmação da juíza de que teve 66 horas para levar o recém-nascido ao hospital, Fritzl disse que "deveria ter feito algo". "Simplesmente não me dei conta. Pensava que o menino ia sobreviver", contou.
Até agora, o acusado tinha admitido apenas parcialmente sua responsabilidade nos delitos de escravidão e homicídio por omissão, enquanto tinha reconhecido sua culpa em estupro, coação grave, privação de liberdade e incesto.