Nesta sexta-feira (31/10), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do CyberGAECO, cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra uma dos mais organizados e violentos grupos neonazistas em atividade no Brasil.
O grupo é investigado por promover discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e por planejar atos violentos em diferentes regiões do país. Os mandados foram cumpridos em quatro estados diferentes: Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Sergipe.
A operação resultou na apreensão de diversos materiais de apologia ao nazismo. Foram apreendidos ainda armas brancas, faca e "soco inglês".
O QUE DIZ AS INVESTIGAÇÕES
As investigações apontam que os integrantes do grupo participavam ativamente da produção e difusão de conteúdos de ódio em ambientes virtuais. Para isso eles utilizavam perfis falsos e fóruns. Além disso, foi constatado que os membros mantinham um grau de organização e planejamento das ações elevado.
Também foi confirmado que entre os integrantes do grupo há indivíduos com diferentes formações e ocupações.
COMO O GRUPO ATUAVA
As apurações indicaram que o grupo mantinha encontros presenciais regulares. As reuniões serviam para tratar recrutamento de novos membros, planejamento de ações e, em alguns casos, para a organização de confrontos com grupos ideologicamente opostos.
Os membros utilizavam de um símbolo, o “Sol Negro”, emblema associado ao ocultismo nazista e à supremacia ariana, tendo ao centro a figura de um fuzil AK-47, para representa a supremacia branca e a exaltação da violência.
As investigações também identificaram a existência de uma estrutura hierarquizada, com fichas de ingresso, produção de camisetas exclusivas e cobrança de mensalidades obrigatórias aos membros oficialmente “batizados”. As contribuições financeiras eram destinadas ao custeio de despesas internas, à aquisição de materiais de propaganda e à manutenção das atividades do grupo.