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Guerra entre Comando Vermelho e milícia no Rio deixou 684 mortos em 2 anos

De acordo com a denúncia, o CV passou a controlar comunidades antes dominadas por milicianos em áreas como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Itanhangá e Vargens

Polícia Civil durante operação no Rio | Foto: O Povo
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou, em denúncia no processo da Megaoperação Contenção, que a expansão do Comando Vermelho (CV) na Grande Jacarepaguá causou, em média, um homicídio por dia nos últimos dois anos. Segundo o documento, foram registradas 684 mortes entre 2023 e 2024, citando reportagem do RJ2 publicada em 5 de fevereiro de 2025.

Até o momento, 69 pessoas foram denunciadas por associação para o tráfico. Durante a megaoperação, 113 pessoas foram presas e 121 morreram, entre elas quatro policiais civis e militares.

CONTROLE DE ÁREAS

De acordo com a denúncia, o CV passou a controlar comunidades antes dominadas por milicianos em áreas como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Itanhangá e Vargens, formando o chamado Complexo de Jacarepaguá. O Ministério Público relaciona a expansão da facção a conflitos armados e ao aumento de homicídios na região.

O documento também descreve o crescimento territorial da facção a partir das comunidades de Gardênia Azul e Cidade de Deus, detalhando vias de acesso e a progressão para outras áreas próximas. A denúncia cita novamente a reportagem do RJ2 ao registrar a escalada de mortes.

Segundo o MPRJ, a ofensiva do CV na Zona Oeste está ligada à disputa com grupos paramilitares, e membros da facção do Complexo da Penha teriam participado da coordenação do avanço na região.

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