Idoso diz ter atirado em frente ao STF para “chamar atenção” em praça do DF

Idoso foi preso em flagrante pela Polícia Legislativa

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Preso por disparar em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, Abdias Soares, 69 anos, afirmou nesta sexta-feira que tinha intenção de "chamar atenção da Justiça". O idoso foi preso em flagrante pela Polícia Legislativa ao seguir para o anexo IV da Câmara dos Deputados.

"Eu estou enrolado há quatro anos e a Justiça não estava me ouvindo. Eu agradeço muito essa Polícia Legislativa que não me tratou como prisioneiro, me tratou como hóspede", disse Soares, após prestar depoimento.

O idoso contou à política ter comprado a arma, um revólver calibre .38, em Santo Antonio do Descoberto (GO), por R$ 1,5 mil. Ele foi autuado por porte ilegal de arma e disparo em via pública.

Em depoimento, afirmou ser réu de ações cíveis em Goiás, mas não deu detalhes. Ele disse ter procurado a Justiça estadual, mas não foi ouvido. Por isso, teria ido à Brasília e feito o disparo, sem intenção de ferir ninguém, segundo ele. "Queria chamar atenção da Justiça para ver se a Justiça me ouve. Lá em Santo Antônio do Descoberto eu fui à promotoria quatro vezes e eles nem quiseram fazer ocorrência", disse, de forma confusa.

Nascido em Itapemirim, no Espírito Santo, em 3 de julho de 1944, Soares disse que trabalha como caseiro de uma chácara na cidade de Goiás, onde viveria há cerca de 15 anos. Ele afirmou não ter familiares na região. De acordo com nota divulgada pela Câmara dos Deputados, investigadores da Polícia Legislativa afirmaram que ele aparentou ter "algum distúrbio psiquiátrico", mas não caberia ao órgão confirmar tal problema. Um laudo deverá ser pedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para verificar a existência de um eventual problema de saúde mental.

Soares não tem passagem pela polícia. Ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e seguirá para carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal. Se a Justiça decidir mantê-lo preso, o Departamento de Polícia da Câmara tem até 10 dias, a contar de hoje, para enviar o inquérito ao Tribunal de Justiça. Se ficar em liberdade, o prazo para o envio da documentação estende-se para 30 dias, também a contar de hoje.



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