Na noite desta terça-feira (11), uma jovem de 22 anos morreu carbonizada dentro de sua própria casa, na zona norte de São Paulo. O principal suspeito de ter ateado fogo no imóvel é o ex-namorado dela, identificado como Alan Neves. A investigação do crime foi estabelecida como feminicídio, segundo a polícia responsável pelo caso.
De acordo com Laura Cândida de Almeida, mãe da vítima, Débora residia sozinha na comunidade há menos de um mês e possuía uma medida protetiva contra seu ex-namorado devido a ameaças de morte que ele havia proferido em outras ocasiões. Em áudios enviados por Alan a familiares, ele afirmava que, caso encontrasse Débora, a agrediria: "Se ela aparecer ao meu lado na rua, eu vou dar um tremendo soco nela mesmo. Sem dó". Esses relatos revelam a tensão diante das ameaças constantes que Débora enfrentava em relação ao ex-namorado.
“Me relataram aqui que na parte da manhã ele chegou todo agressivo e saiu, e voltou com toca ninja e galã de gasolina. Esse assassino tem que pagar o que fez. Sei nem explicar, a dor é gigantesca. A dor é gigantesca, você nem imagina”, desabafou.
Um vizinho, que preferiu manter sua identidade em sigilo, relata que tentou prestar socorro à jovem após ouvir uma explosão em sua residência.
"Peguei e meti o pé na porta, só que não dava pra ver nada devido à fumaça. Depois de uns 5, 6 minutos, mais ou menos, que a gente começou a jogar água para apagar o fogo, foi que a gente verificou que tinha um corpo", relatou
Após a ocorrência do crime, testemunhas avistaram um indivíduo encapuzado fugindo com um galão em mãos. A Polícia Civil realizou diligências nos endereços relacionados ao suspeito, porém ele não foi localizado. Os policiais seguem em busca de pistas para avançar nas investigações. O caso está sob investigação do 39º Distrito Policial.
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