Justiça decreta prisão preventiva do fundador da empresa aérea Gol

Ele responde por tentativa de assassinato e morte de líder comunitário.

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O empresário Nenê Constantino, em 2007 | Agência Brasil
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O juiz João Marcos Guimarães Silva, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, decretou nesta terça-feira (1º) a prisão preventiva do empresário Nenê Constantino, um dos fundadores da empresa aérea Gol. Na decisão, o juiz determinou que a prisão seja cumprida em Brasília, em regime domiciliar.

Constantino responde a dois processos que apuram a tentativa de assassinato do ex-genro, Eduardo de Queiroz, em 2008, e a morte do líder comunitário Márcio Leonardo, em 2001.

A defesa do empresário nega as acusações. O advogado de Constantino, Alberto Toron, afirmou que ele se apresentará à Justiça em Brasília para cumprir a decisão, mas que irá recorrer. Constantino estaria em São Paulo, em tratamento de saúde.

"Vamos impetrar habeas corpus, mas, para mostrar boa-fé e respeito para com a decisão, ele se apresentará", disse o advogado.

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público do Distrito Federal depois da tentativa de homícido de João Marques dos Santos, que acusou Constantino de ser o mandante dos dois crimes.

O magistrado concordou com a argumentação do promotor que acusou Constantino de interferir a atrapalhar o andamento do processo.

O atentado contra João Marques ocorreu na porta de uma casa, em Águas Lindas (GO), na última sexta-feira (18). Marques atendeu a um chamado e assim que saiu levou três tiros. Ele também é réu em um processo no qual é acusado de ser um dos pistoleiros contratados por Nenê Constantino para matar o líder comunitário.

Também foi decretada nesta terça a prisão preventiva de um funcionário de Constantino, outro réu no processo que apura o assassinato do líder comunitário.

Depoimento

Nenê Constantino foi intimado para depor nesta terça-feira (1º) no Tribunal do Júri, em Taguatinga, cidade a 30 km de Brasília. Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, a defesa de Constantino informou que ele não compareceu ao depoimento porque está em tratamento de saúde em São Paulo e teria se sentido mal nesta segunda-feira.

Nesta terça, foram ouvidos depoimentos de testemunhas no processo que apura a morte do líder comunitário Mário Leonardo. Ele era presidente de uma associação de famílias que compraram lotes em um terreno de Constantino e brigavam na Justiça para permanecer no local.

Depois dos depoimentos, os advogados de João Marques renunciaram ao processo, e o juiz decidiu remarcar a audiência para o dia 30 de março. Nessa nova sessão, a Justiça pretende interrogar João Marques e Constantino.



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