Mulher de Bruno depõe e muda as investigações

Dayanne chorou bastante e desmentiu informações que dera na primeira vez.

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Dayanne, mulher do goleiro Bruno. | Terra
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Uma semana atrás das grades foi o suficiente para Dayanne ceder à pressão da família para não proteger mais ninguém. Mãe de duas meninas, filhas do jogador, ela resolveu contar o que sabia, em depoimento à polícia na manhã de sexta-feira, em Belo Horizonte. A nova versão tem semelhanças com os relatos dos primos de Bruno, Sérgio Rosa Salles e o menor J., 17 anos. O depoimento traz nova data para a investigação: ela diz que viu Eliza no sítio em 10 de junho. A polícia passa, então, a investigar se o crime pode ter sido neste dia, e não na véspera, como acreditava até então.

Dayanne chorou bastante e desmentiu informações que dera na primeira vez. Na ocasião, ela mentira ao dizer que não se encontrou com a vítima e que chegara ao sítio dia 23. A jovem, enfim, admitiu ter encontrado a ex-amante de Bruno e disse que esse contato foi intermediado pelo atleta.

O novo depoimento foi acompanhado pelo promotor Gustavo Fantini. O primeiro encontro entre Eliza e Dayanne teria ocorrido dia 7, no sítio, quando a ex-amante do goleiro já estava machucada. A conversa seria sobre a compra de um apartamento para Eliza. Dayanne disse à polícia que voltou ao sítio dia 10 e que de novo encontrou a ex-amante. Dayanne estranhou a presença dela e Bruno teria passado a dizer que temia que Eliza o denunciasse por sequestro.

Primo isenta Dayanne do sumiço

Primo de Bruno, Sérgio Rosa Salles isenta Dayanne de participação ou conhecimento do crime. A mulher de Bruno, as filhas e a babá estavam na casa quando Macarrão saiu com Eliza, mas, assim como Sérgio, ela acreditava que a jovem e o bebê iriam para um novo apartamento em Belo Horizonte. No relato, Sérgio diz ter presenciado uma discussão de Bruno com Macarrão: "Você nunca mais vai me chamar de bundão. Depois dessa noite e você sabe por quê", teria dito Macarrão, que fez ameaças a Sérgio.

Segundo Dayanne, na noite do dia 10, Eliza teria sido levada do sítio. As investigações mostram que o encontro com o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Neném ou Bola, aconteceu na Pampulha. Dali, seguiram para Vespasiano.

O livro de registro do sítio em Esmeraldas mostra que Macarrão e J. chegaram à casa de Bruno às 22h20 do dia 10, saindo uma hora depois em Palio prata. Bruno chega com o New Beetle praticamente no mesmo horário, às 22h15, mas sai 20 minutos depois. Neste período, a mala de Eliza teria sido queimada. O grupo se encontra em Ribeirão das Neves e parte para o Rio com o time 100% F.C, por volta das 23h.

O caso

Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em depoimento, admitiu participação no crime. Segundo o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, o menor apreendido relatou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, estrangulou Eliza até a morte e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. Segundo o delegado, no dia do crime, o goleiro saiu do sítio com Eliza e voltou sem ela, o que indicaria que o goleiro presenciou a ação.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Os três negam participação no desaparecimento. A versão do goleiro e da mulher é de que Eliza abandonou o filho. No dia 8, a avó materna obteve a guarda judicial da criança.



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