Para polícia, gritos de ajuda podem ter sido do irmão de Isabella

Nardoni e Anna negaram domingo a participação do casal na morte de Isabella

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Os gritos de uma crian?a ouvidos na noite em que Isabella Nardoni foi assassinada podem ser, para a pol?cia de S?o Paulo, do irm?o de tr?s anos da menina. Essa ? uma das possibilidades admitidas pela pol?cia para os gritos de "papai, papai, papai... p?ra... p?ra", relatados por duas testemunhas vizinhas do pai, Alexandre Alves Nardoni, 29, e da madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatob?, 24, na Vila Isolina Mazzei (zona norte de S?o Paulo).

A tese de ter sido o menino e n?o Isabella o respons?vel pelos gritos ganhou for?a ap?s os laudos da per?cia apontarem para a possibilidade de a menina ter chegado inconsciente ao apartamento do pai.

Como considera a investiga??o j? conclu?da com o pai e a madrasta de Isabella sendo apontados como os dois ?nicos suspeitos do crime, a pol?cia descarta a necessidade de ouvir o menino, pelo menos por ora.

Mais ? frente, no entanto, a possibilidade pode ser reavaliada. Quando se tornar um processo, a Justi?a poder? determinar que o menino seja submetido ao programa "Justi?a Sem Dor".

Por esse m?todo, j? utilizado no pa?s, psic?logos s?o colocados para brincar com o garoto e, em meio ?s brincadeiras, tentam fazer com que a crian?a diga tudo o que viu e ouviu em determinada ocasi?o nesse caso, na noite de 29 de mar?o, quando a menina foi morta.

Nardoni e Anna negaram domingo a participa??o do casal na morte de Isabella. Assim como seus advogados de defesa, o casal alega que uma terceira pessoa entrou no apartamento, por motivos desconhecidos, e jogou a menina pela janela do sexto andar.

A defesa j? disse que os gritos de "p?ra...pai" poderiam ser um pedido de socorro para que Nardoni intercedesse contra essa suposta terceira pessoa.

Testemunhas

Uma das testemunhas dos gritos ? o professor Antonio L?cio Teixeira, 61, tamb?m morador do edif?cio London. Teixeira foi uma das primeiras pessoas a ligar para a pol?cia relatando a queda da menina.

O professor diz que que ouviu os gritos de "papai, papai, papai... p?ra... p?ra" cinco minutos antes de escutar o barulho do impacto do corpo da menina no jardim do pr?dio. "A impress?o que teve foi que a crian?a gritava de um dos apartamentos", disse ele ? pol?cia.

A advogada Geralda Afonso Fernandes, 64, moradora de uma casa na mesma rua do edif?cio London, tamb?m relata uma vers?o semelhante. Disse que acordou com os gritos de "papai, papai, papai", "n?o sabendo determinar o sexo", apenas "gritos de crian?a".

"Esclarece que o grito era alto e dava a impress?o de ser um grito de chamado pelo pai, como se ele n?o estivesse ao lado dessa crian?a. Era um grito confiante, no sentido de saber que o pai iria ouvi-la e atend?-la", afirmou a advogada.

Al?m de ter firmado, com base em laudos t?cnicos de peritos e legistas, a convic??o de que Nardoni atirou a filha pela janela, ap?s a madrasta ter tentado asfixi?-la, a pol?cia tamb?m se apega em detalhes de tempo para produzir mais provas contra os dois.

Uma das investiga?es ? centrada na perman?ncia do casal no edif?cio London antes da morte de Isabella. Para os policiais, Nardoni e a fam?lia entraram na garagem do pr?dio ?s 23h36; ?s 23h49, a menina foi jogada pela janela.

Hoje, o pai e a irm? de Alexandre Antonio Nardoni e Cristiane ser?o interrogados no 9? DP (Carandiru).



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