A Polícia Científica chegou à conclusão de que o material genético encontrado no carro e em roupas usadas pelos assassinos do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC, é compatível com o DNA de dois dos três policiais militares presos por suspeita de participação no crime. O laudo pericial apontou vestígios do soldado Ruan Silva Rodrigues em um boné e na maçaneta do carro, enquanto um moletom e luvas continham DNA do cabo Denis Martins.
Perícias
🔎Nos últimos dias, novas análises foram realizadas com luzes forenses, permitindo a identificação de mais evidências que reforçam a presença dos suspeitos na cena do crime. A defesa dos policiais, no entanto, nega qualquer envolvimento e sustenta que eles não estiveram no local. Nenhum vestígio genético foi encontrado do tenente Fernando Genauro, apontado como o motorista do veículo usado na execução.
Como aconteceu
Gritzbach foi morto a tiros em plena luz do dia, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro do ano passado. Ele havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público após ser investigado por lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Seu assassinato, de grande repercussão, levou à prisão de 32 pessoas suspeitas de envolvimento no crime.
Denunciados
Na última sexta (21), o Ministério Público de São Paulo (MP) denunciou 12 pessoas, incluindo oito policiais civis, por corrupção, lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado. Segundo a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os denunciados utilizavam a estrutura do Estado para favorecer o PCC e garantir a impunidade dos criminosos.
Punição
Além da denúncia, o MP solicitou que os acusados paguem ao menos R$ 40 milhões como forma de reparação pelos danos causados à sociedade. O documento aponta que delegados e investigadores atuavam em conjunto com empresários ligados ao crime, transformando órgãos públicos em instrumentos de enriquecimento ilícito e proteção ao PCC.
Mandante
O principal mandante do assassinato de Gritzbach, segundo as investigações, é Emilio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como "Cigarreira". Ele teve a prisão preventiva decretada, mas segue foragido. A Justiça de São Paulo agora deve decidir se aceita a denúncia do MP contra os acusados, permitindo o prosseguimento das investigações.
Denunciados
Ademir Pereira de Andrade
Ahmed Hassan Saleh
Eduardo Lopes Monteiro (investigador da Polícia Civil)
Fabio Baena Martin (delegado da Polícia Civil)
Marcelo Marques de Souza (investigador da Polícia Civil)
Marcelo Roberto Ruggieri (investigador da Polícia Civil)
Robinson Granger de Moura
Rogerio de Almeida Felicio (policial civil)
Alberto Pereira Matheus Junior (delegado da Polícia Civil)
Danielle Bezerra dos Santos
Valdenir Paulo de Almeida (policial civil)
Valmir Pinheiro (policial civil)
(Com informações do G1)