Polícia: jornalista pode ter morrido por erro do atirador

Outra linha de investigação que a polícia segue é que o jornalista era homossexual

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A Polícia Civil de Ibitinga, no interior de São Paulo, trabalha com pelo menos três hipóteses para a morte do jornalista Wanderley dos Reis, 42 anos, baleado na perna, dentro de sua casa, no sábado. Uma das possibilidades levantadas pela investigação é que o assassinato do dono do jornal Popular News tenha sido um "erro do atirador".

Policiais ouvidos pela reportagem disseram que talvez o autor do disparo quisesse assustar o jornalista, e não matá-lo. O tiro, no entanto, atingiu a artéria femoral. Reis chegou a ser socorrido para a Santa Casa, mas morreu na manhã de domingo.

Outra linha de investigação que a polícia segue é que o jornalista era homossexual e teria terminado um relacionamento recentemente. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), Móises Fernandes da Silva, 20 anos, que morava na mesma casa, escutou um homem chamando por Reis. Ao sair no portão, encontrou três indivíduos esperando para conversar com o dono do jornal. Ao entrar na residência para avisar Reis da visita, o trio seguiu Silva e invadiu a casa.

Armados, eles fizeram os dois reféns. Inicialmente, segundo a polícia, pensaram tratar-se de um roubo. Mas, depois, a situação mudou. Tanto o jornalista quanto o colega foram agredidos fisicamente e trancados dentro de um quarto. Minutos depois, a porta do cômodo foi aberta e o jornalista, retirado à força pelos criminosos. Na cozinha, ele foi baleado. Os homens armados não estavam encapuzados.

Outra hipótese levantada pelo delegado Carlos Ocon de Oliveira, de Ibitinga, é que a morte tenha acontecido devido a desafetos do jornalista. Ele escrevia e editava o Popular News, uma publicação simples, mas de oposição ao atual governo. O jornal era gratuito e não tinha data fixa de publicação.

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