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Polícia revela se 'Japinha do CV' está ou não entre os mortos após megaoperação no Rio de Janeiro

Nos últimos dias, o nome dela dominou as redes sociais, depois que imagens de um corpo alvejado passaram a circular com a informação de que se trataria da traficante.

Imagens de Japinha do CV circularam nas redes sociais | Foto: Reprodução
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O mistério sobre o paradeiro da jovem conhecida como “Japinha do CV”, apontada como integrante da linha de frente do Comando Vermelho, chegou ao fim.

Na noite deste domingo (2), a coluna da Mirelle Pinheiro, no Metrópoles teve acesso ao documento oficial que lista os 115 suspeitos mortos em confronto com a polícia durante a megaoperação realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.

O nome de “Japinha do CV”, também chamada de “Penélope”, não aparece na relação oficial. Todos os mortos identificados até o momento são homens. Segundo o documento, os dois corpos ainda sem identificação não têm registro papiloscópico, de arcada dentária ou de DNA, o que significa que a jovem não está entre os confirmados.

Penelope era bastante conhecida nas redes sociais - Foto: Reprodução

Nos últimos dias, o nome dela dominou as redes sociais, depois que imagens de um corpo alvejado passaram a circular com a informação de que se trataria da traficante. A Polícia Civil, no entanto, não confirmou a veracidade das fotos e reforçou que não há registro oficial da morte de nenhuma mulher na operação.

As investigações apontam que “Japinha do CV” atuava na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas e na proteção de rotas de fuga usadas por chefes da facção. Fontes afirmam que ela era respeitada dentro do Comando Vermelho, mas agia de forma discreta, evitando exposição direta em confrontos.

O balanço divulgado pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) revela que, entre os mortos, 59 tinham mandados de prisão pendentes e 97 possuíam histórico criminal relevante. Outros 12 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico em redes sociais, o que leva as autoridades a concluir que ao menos 109 tinham ligação direta com a facção.

Japinha do CV atuava na defesa de pontos estratégicos - Foto: Reprodução

Outro dado chama atenção: mais da metade dos mortos (54%) era de fora do estado. Entre eles, 19 são do Pará, 12 da Bahia, nove do Amazonas, nove de Goiás, quatro do Ceará, três do Espírito Santo, dois da Paraíba, além de um de São Paulo, Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal. Na prática, o levantamento mostra que há chefes de organizações criminosas de 11 estados diferentes atuando no Rio de Janeiro.

As circunstâncias das mortes seguem sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com acompanhamento do Ministério Público. A Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) também analisa a relação dos mortos com o Comando Vermelho, em um trabalho que deve apontar quem de fato estava em combate e quem foi atingido fora de confronto direto.

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