Os quase dois mil policiais militares, acusados de motim por participarem da greve da corporação, em fevereiro de 2017, foram absolvidos pela Justiça nesta sexta-feira (12). A greve da Polícia Militar aconteceu entre os dias 3 e 25 fevereiro de 2017, deixando o estado sem policiamento. A paralisação resultou em uma onda de violência e 219 homicídios.
O Conselho de Justiça Militar, formado por juízes de direito e juízes militares, decidiu mudar as acusações contra os policiais, que passaram de motim para desobediência.
MINISTÉRIO IRÁ RECORRER
A mudança fez o crime ser prescrito e, os militares, absolvidos. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) disse que vai recorrer por ter provas contundentes do motim. A decisão começou a ser lida por volta das 14h, no Fórum Criminal de Vitória.
Em fevereiro de 2017, policiais de diversas patentes descumpriram ordens do comando da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) para retomar as atividades e mantiveram a paralisação. Enquanto isso, protestos de familiares dos policiais bloqueavam as portas dos batalhões.
A greve teve repercussão nacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) chegou a pedir ao governo capixaba um relatório com diversos questionamentos sobre o terror vivido em fevereiro de 2017.
Ministério Público disse que vai recorrer
Diante do resultado, o MPES afirmou que vai recorrer por ter provas contundentes quanto à prática do crime de motim.
"Ao longo de todo o processo, o MPES atuou de forma firme e responsável para a preservação da ordem jurídica, com respeito às instituições e às carreiras militares, reafirmando o compromisso de evitar que episódios semelhantes, como o de 2017, voltem a ocorrer no Espírito Santo", afirmou o órgão em nota.
Com informações do g1.