Conhecido como “Doca” ou “Urso”, Edgar Alves Andrade, de 55 anos, é acusado de ser uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV) em comunidades importantes do Rio de Janeiro. Ele era um dos alvos da megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na quarta-feira (28), que resultou em diversas mortes e prisões.
Considerado de “altíssima periculosidade” e um dos criminosos mais procurados do estado, Doca é apontado como chefe do tráfico de drogas e líder da facção em áreas como o Complexo da Penha, Complexo do Alemão, Gardênia Azul, César Maia e Juramento, de acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
OS CRIMES
Doca é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo a execução de crianças e o desaparecimento de moradores nas regiões sob seu domínio. Ele também é acusado de ser o mandante da morte de três médicos, assassinados na Barra da Tijuca, em outubro de 2023.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Doca e outros criminosos por ordenar a invasão de uma delegacia em Duque de Caxias, com o objetivo de resgatar um traficante preso em fevereiro de 2025. Eles são acusados de tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado, tortura e associação para o tráfico.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) também denunciou Doca e outras 66 pessoas pelo crime de associação para o tráfico. Três deles foram denunciados adicionalmente por tortura. Dados do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP) indicam que há mais de 30 mandados de prisão em aberto contra Edgar Alves Andrade.
Recompensa
O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura de Doca. Após o aumento do valor, o canal recebeu mais de 140 ligações com relatos sobre a facção.