Três homens da mesma família morreram após uma carreta carregada com contêiner tombar sobre o carro em que estavam, na manhã de sábado (19), na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em São Vicente, litoral de São Paulo. As vítimas — os irmãos Raimundo Izidro Neto, de 32 anos, e Jirlanio Araujo de Farias, de 36, além do primo Alex Rodrigues Monteiro, de 31 — estavam a caminho de Praia Grande, onde trabalhavam como ambulantes na orla.
O acidente ocorreu por volta das 8h40, na altura do km 286, sentido Praia Grande. Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o motorista da carreta, de 33 anos, informou que perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva sob o viaduto do Parque das Bandeiras. A carreta tombou e esmagou completamente o carro das vítimas. O condutor sofreu apenas ferimentos leves. O contêiner transportava 28 toneladas de leite em pó.
De acordo com familiares, os três homens haviam deixado Vista Serrana, na Paraíba, em busca de uma vida melhor, trabalhando na venda de artigos de cama, mesa e banho no litoral paulista.
Cleilson Rodrigues Félix, primo das vítimas, lamentou profundamente a tragédia. “A perda desses três vai ser lembrada para o resto da vida. Infelizmente, três garotos novos perderam a vida e deixaram a família”, desabafou.
Alex Rodrigues Monteiro (31 anos)
Descrito como um homem carinhoso, brincalhão e responsável, Alex havia retornado da Paraíba há apenas cinco dias, após um período de férias. Cleilson contou que ele havia descido à Baixada Santista para aproveitar o feriado prolongado, momento de maior movimento para os ambulantes. Alex deixou uma filha de aproximadamente três anos.
Jirlanio Araujo de Farias (36 anos)
Pouco antes do acidente, Cleilson havia convidado Jirlanio para ir com ele até Guarujá. No entanto, Jirlanio preferiu trabalhar em Praia Grande para poder voltar mais cedo e passar o dia com a família. Ele era pai de dois filhos: uma menina de 15 anos e um menino de 9.
Raimundo Izidro Neto (32 anos)
Raimundo era conhecido pela alegria e dedicação ao trabalho. Sempre disposto a brincar com todos, ele também era muito trabalhador. Ao lembrar o momento em que chegou ao local do acidente, Cleilson se emocionou: “Foi como se tivessem me dado um tiro no peito”.