Alcimar Alves, de 44 anos, confessou que matou a colega de faculdade Pâmela Belarmino, de 19, porque ela não aceitou começar um relacionamento amoroso. O crime aconteceu na casa dele, na zona oeste do Rio, na última sexta-feira (14), e gerou revolta de parentes e amigos da vítima. Na delegacia, o suspeito deu depoimentos contraditórios e, após ser pressionado pela polícia, contou por que estrangulou a jovem.
? Eu pensei que ia começar a ter um relacionamento com ela. Não havia uma relação direta, só bate-papo. Ela topou ir comigo [para o apartamento]. Não tentei estuprá-la, minha esposa estava trabalhando. Saiu uma discussão em que eu perdi o controle. Ela começou a falar ?não sei se vai dar certo?, começou a falar umas coisas para mim. Eu não sabia o que estava fazendo, eu não sou assim. Eu botei [o corpo] num pano. Levei para Nova Friburgo, não sabia para onde estava indo. Voltei. Rodei a ilha [do Governador] todinha e deixei o corpo.
O corpo foi achado um dia após o desaparecimento, abandonado na praia Ribeira, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Havia hematomas e marcas de estrangulamento. Alcimar disse enforcou a moça com as mãos. Após o crime, ele colocou Pâmela no carro e circulou por cerca de 10 horas. Chegou a Nova Friburgo, na região serrana, e voltou para a capital fluminense. Os investigadores vão apurar se o suspeito teve ajuda de alguém para colocar o corpo na praia.
Antes de ser descoberto, o homem, que é casado e tem uma filha de dois anos, chegou a participar de um mutirão na internet em busca de informações sobre o desaparecimento de Pâmela. Ele postou uma foto da jovem e apelou por ajuda sobre o paradeiro.
A polícia chegou ao nome de Alcimar após colegas de faculdade dizerem que viram Pâmela entrando no carro dele, na sexta. Para a polícia, o crime foi premeditado.