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Rede de internet clandestina ligada ao Comando Vermelho e TCP é desarticulada no RJ

Ao todo, são cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos alvos.

Exploração de internet clandestina ligada a facções no RJ | Foto: PCRJ
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Duas empresas da cidade do Rio de Janeiro estão sendo investigadas por exploração clandestina do serviço de internet e por ligações com facções criminosas. Segundo a Polícia Civil do estado, uma delas está vinculada ao Comando Vermelho, operando na região do Morro do Quitungo, e a outra ao Terceiro Comando Puro, com atuação predominante em Cordovil, Cidade Alta e áreas adjacentes.

OPERAÇÃO

Nesta terça-feira (05), a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) deflagrou a "Operação Rede Obscura". Ao todo, são cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos alvos, na Zona Norte e na Baixada Fluminense.

Na ação, foram apreendidos um fuzil, duas pistolas, dinheiro em espécie, equipamentos eletrônicos e cabos utilizados pelas empresas, além disso, duas pessoas foram conduzidas à delegacia.

APOIO LOGÍSTICO 

Conforme os agentes, as investigações apontam que ambas as empresas atuam com apoio logístico de criminosos armados, impedindo a entrada de operadoras licenciadas e praticando vandalismo de redes técnicas e a destruição de cabos de fibra óptica.

Essas conexões clandestinas foram mapeadas pelas autoridades, onde foi identificada na região do Morro do Quitungo a existência de postos de vigilância armada e grande restrição à mobilidade institucional.

Em fevereiro deste ano, uma operadora licenciada denunciou a queda abrupta de sinal na região, após os cabos instalados serem rompidos. Além disso, a polícia constatou que os materiais subtraídos de operadoras regulares estavam sendo utilizados no interior da sede da empresa clandestina.

RESPONSÁVEIS PELAS EMPRESAS

Segundo a apuração policial, o responsável pela empresa ligada ao CV tem histórico criminal por tráfico de drogas, furto de energia e receptação. Ele confessou ter recebido propostas de outras facções e fazer repasses periódicos a líderes do tráfico, disfarçados de "doações comunitárias".

Já a empresa do TCP empregava equipes de instalação sem vínculo formal e sem habilitação. O proprietário foi preso em flagrante por receptação qualificada, após a descoberta de um grande volume de cabos de operadoras regulares em um galpão. Em março, sete pessoas foram presas, incluindo uma funcionária em flagrante durante uma instalação clandestina em Brás de Pina.

O material apreendido será analisado pela perícia para aprofundar a investigação e responsabilizar todos os envolvidos no esquema.

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