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Saiba quem é 'Minotauro', preso em operação contra roubos em casas de luxo em SP

A polícia prendeu Minotauro, apontado como o maior ladrão de imóveis de luxo de SP. Ele escondia obras de arte roubadas, avaliadas em milhões. Saiba mais!

Minotauro, o maior ladrão de imóveis de SP, é preso | Foto: Reprodução
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A Polícia Civil prendeu, na última sexta-feira (19), Diego Fernandes de Souza, conhecido como "Minotauro", apontado como o maior ladrão de imóveis de alto padrão do estado de São Paulo.

O criminoso, de 40 anos, foi capturado em Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, durante uma operação que resultou na recuperação de 20 obras de arte roubadas, incluindo dois quadros de Alfredo Volpi, avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

De acordo com os investigadores, as obras estavam escondidas em um imóvel usado pelo suspeito, embaladas em plástico-bolha. Parte do material furtado já estava sendo comercializada no mercado informal desde 2021, com valores que chegavam até R$ 150 mil.

"Hoje, localizamos 20 quadros. Dois deles estão avaliados em cerca de R$ 3 milhões cada. O morador da casa que guardava as obras também será preso por receptação", afirmou o delegado Fábio Sandrin, responsável pela investigação.

O delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, declarou, na sexta-feira, que a prisão foi uma surpresa. O criminoso estava foragido por diversos crimes, como roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Para Gonçalves, que acompanha casos envolvendo esse tipo de roubo, Minotauro é o maior ladrão do Brasil.

"Ele é o maior bandido que conheço, o ladrão número 1 de São Paulo e o maior do Brasil", disse.

As investigações indicam que Minotauro liderava quadrilhas especializadas em assaltos a casas de luxo, especialmente na região do Morumbi, na Zona Sul, por ser geograficamente próxima à favela de Paraisópolis, onde o criminoso vivia e escondia os bens roubados.

Natural de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, Minotauro tem antecedentes por porte ilegal de arma, roubo e furto em residências e condomínios de alto padrão. O nome dele aparece em ao menos 14 inquéritos desde 2016.

Na época, Minotauro atuava apenas como “chaveiro” das quadrilhas, abrindo portas para que os comparsas entrassem nos imóveis de luxo. Com o tempo, decidiu montar sua própria equipe e passou a coordenar os assaltos.

“Ele viu que como chaveiro não teria êxito na vida do crime e decidiu fazer os roubos ele mesmo, montar a própria equipe.”, disse o delegado Sandrin.

Segundo a polícia, Minotauro se consolidou como mentor das quadrilhas, fornecendo logística e coordenando os crimes. Em muitos casos, ele nem precisava estar presente nas ações.

"Ele coordenava e fornecia a logística para ações criminosas, porque ele sabia que a gente estava cada vez mais próximo [da prisão dele]", afirmou o delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) Clemente Calvo Castilhone Júnior.

Ainda segundo o delegado, o suspeito era violento com as vítimas que rendia durante os assaltos.

"Ele [Minotauro] amarrava as pessoas e batia [nelas]. Em algumas ações, ele não estava presente, mas coordenava as equipes. Mesmo não tendo uma presença física, planejava e dava início à execução com seus comparsas", disse.

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