Em meio a um conflito intenso ao decorrer da megaoperação que acontece no Rio de Janeiro no combate do crime organizado, o 3º sargento do Bope, Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, morto no confronto, ainda trocava mensagens na manhã de terça-feira (28) com sua esposa minutos antes de sua morte. O sargento faleceu em uma troca de tiros entre os complexos do Alemão e da Penha.
Em um diálogo pelo WhatsApp, ela pergunta se o marido está bem. A resposta dele vem curta, mas serena: “Estou bem. Continua orando.” Era a última vez que Heber responderia.
Após isso, a esposa não teve mais retorno do marido pois o pior já tinha acontecido. Em meio ao desespero, as mensagens enviadas pela mulher revelam a dor da incerteza. “E você não falou mais. E agora, o que vou falar para Sofia (filha do casal)?”.
A esposa de Heber relembrou que sempre que um companheiro de farda morria, o sargento dizia ter uma senha em suas mãos e o dia que acontecesse com ele, iria fazendo o que mais amava.
14 ANOS DE CORPORAÇÃO
Heber Carvalho atuava há 14 anos no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Além dele, um colega de farda também foi atingido durante confrontos com criminosos do Comando Vermelho (CV).
Os dois chegaram a ser levados ao Hospital estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram.