O advogado do suspeito de ter assassinado dois homens em um apartamento na rua Oscar Freire, nos Jardins (bairro nobre de São Paulo), Ademar Gomes, afirmou que seu cliente alega que esfaqueou apenas o analista de sistemas Eugênio Bozola, 52, e que fez isso para se defender.
Segundo Gomes, Lucas Cintra Zanetti Rosseti, 21, afirmou que foi a São Paulo com a promessa de trabalhar com Bozola --proprietário do apartamento--, o que não aconteceu.
O advogado afirmou que, no dia dos assassinatos, na semana passada, Bozola ofereceu a ele um suco amargo que ele suspeita que continha drogas. Ele relatou que pegou no sono e só acordou no meio da noite, quando viu Bozola esfaqueando o modelo Murilo Rezende da Silva, 21.
Ainda de acordo com Gomes, Rosseti tentou fugir, mas as portas do apartamento estavam trancadas. Ele disse que pegou uma faca e se defendeu do ataque de Bozola.
Rosseti foi preso por volta das 12h de ontem. Ele estava escondido na casa de duas mulheres em Sertãozinho. De acordo com a polícia, elas não são parentes do suspeito.
A casa fica no mesmo bairro onde a polícia encontrou na madrugada de domingo o carro de Bozola, levado da garagem do prédio onde houve o crime após os assassinatos.
O Honda Civic prata foi encontrado no domingo (28) pela Guarda Civil Municipal, sem placas, abandonado após uma aparente batida em um barranco. O endereço onde o veículo estava fica cerca de 5 km de distância da casa do irmão de Lucas, Alex Rosseti, e no mesmo bairro onde o suspeito foi localizado.
A polícia de Sertãozinho informou que o chassi do veículo confirma que ele era mesmo de Bozola. O veículo deverá passar por perícia.
Na última sexta-feira (26), a mãe de Rosseti, Andrea Zanetti, 42, pediu que o filho se entregasse. "Quero que ele apareça, que diga o que aconteceu, porque ele deve ter tido uma boa razão para isso", disse.
"Não estou tirando a culpa dele. Ele tem que pagar, só quero que apareça e explique", disse Andrea.