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Temido e violento: quem é o homem que atropelou e arrastou mulher por 1 km em São Paulo

Preso após atropelar, arrastar e mutilar a ex-companheira na Marginal Tietê no último sábado, ele era conhecido na região pelas brigas recorrentes e já tinha passagem por porte ilegal de arma de fogo.

Douglas Alves da Silva foi preso e negou conhecer Tainara | Foto: Reprodução
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O ataque brutal que deixou Tainara sem as duas pernas e chocou São Paulo expôs o histórico de violência de Douglas Alves da Silva, de 26 anos. Preso após atropelar, arrastar e mutilar a ex-companheira na Marginal Tietê no último sábado, ele era conhecido na região pelas brigas recorrentes e já tinha passagem por porte ilegal de arma de fogo. A fama de encrenqueiro era tão forte que muitas testemunhas temiam falar com a polícia, mas decidiram prestar depoimento diante da gravidade do caso.

Douglas foi capturado no domingo, depois de tentar reagir à abordagem policial e ser baleado no braço. A Justiça manteve a prisão após audiência de custódia. Enquanto isso, Tainara permanece internada na UTI, onde passou por amputação das pernas. Segundo a família, ela não corre risco de morte.

Em depoimento, Douglas alegou que queria apenas “dar um susto” na vítima. Ele afirmou ter se envolvido em uma confusão dentro de um bar na sexta-feira, quando acompanhava um amigo identificado como Kauan. Após uma troca de agressões, disse que deixou o local e avistou Tainara na rua. Segundo ele, a intenção era apenas assustar o casal, mas acabou atropelando a jovem, que ficou presa sob o veículo. Ele declarou ainda que acreditou estar com um problema mecânico no carro e, por isso, acelerou. Também afirmou que não ouviu os gritos de outros motoristas porque estava com vidros fechados e som alto.

A Polícia Civil desmente a versão. As investigações apontam que Douglas conhecia Tainara e não aceitava o fim do relacionamento casual que tiveram. A motivação do ataque, segundo o delegado Augusto César Pedroso Bícego, foi ciúmes. Kauan, o amigo que estava no carro, tentou impedir a ação e chegou a implorar para que Douglas parasse o veículo enquanto a vítima era arrastada pela marginal. Ele não parou. Tainara só conseguiu se desprender porque o corpo se soltou do carro após vários metros.

A família da vítima também rebate a versão apresentada por Douglas. A irmã afirma que ele perseguia Tainara há meses e que a relação entre os dois nunca foi séria. Agora, a jovem luta pela recuperação em uma Unidade de Terapia Intensiva, enquanto a polícia reúne provas para reforçar a acusação contra o agressor.

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